A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos.
Crítica social contada através de uma história de amor.
Taís se encontra com Carlos e diz para ele que a decisão de se casarem foi muito apressada e que não está tão preparada quanto pensava.
-Carlos eu preciso de um tempo para mim. Eu preciso ficar um tempo sozinha para saber o que realmente estou sentindo e o que quero, o casamento é coisa muito séria, não quero errar. Disse Taís.
-Como assim? Que conversa é essa, amor? Perguntou Carlos.
-Eu preciso saber se estou preparada para viver com um homem que me sufoca, você é autoritário, gosta de impor as coisas, me trata como se eu fosse sua filha as vezes e isso é ruim para mim. Toda vida vivi sob o "mandato" de minha mãe e agora estou prestes a viver sob o seu. Eu sinceramente preciso pensar bastante.
-Você nunca reclamou comigo do jeito que eu te trato. Eu posso mudar amor! Tudo pode ser resolvido!
-Vamos dar um tempo. Por favor! Eu nunca te disse isso, mas casamento é uma coisa que me assusta.
Carlos não se conformou muito com a ideia, mas teve que aceitar, porque afinal, não se casa sozinho. Ele procurou Margarete para conversar e perguntou se havia alguma coisa de errado com Taís, se ela havia comentado com a mãe alguma coisa, ele queria a todo custo saber o que realmente estava acontecendo.
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Taís estava conversando com Lulu no quarto, no outro dia, quando entrou sua mãe furiosa e interrogou Taís sobre o que estava acontecendo. Lulu saiu ás pressas e deixou as duas conversarem um diálogo nada agradável que terminou assim:
-O que está pensando em fazer de sua vida?
O Carlos é um rapaz honesto, trabalhador. Ele vai te tratar como uma rainha. Eu nem quero imaginar a loucura que você está pensando em fazer de trocar o certo pelo duvidoso. Rapaz como o Carlos você não acha por aí em qualquer esquina não! Se você perdê-lo depois não chore! Talvez Deus não seja tão generoso com você, sua ingrata!
Finalizou a discussão Margarete.
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Taís saiu chorando e encontrou Lulu no portão a esperando. Os dois pegaram um ônibus e foram dar um passeio na praia.
-Eu estou "passado", "bege", ou melhor, estou sem cor! Fiquei pálido, descorado com tudo que você acabou de me contar amiga!
Eu agora me lembro do que você me contou um dia que a gente conversava sobre o casamento, você falou: - "Na verdade tem uma pessoa que é isso tudo que você disse, ele despertou em mim, algo que eu não conhecia, despertou em mim coisas diferentes."
Lembra desse dia?
Então era ele!
Você e o deus italiano!
Neto de minha patroa! Então vocês se beijaram no dia da festa, se encontraram novamente no dia da festa?
E esse babado de assédio! Para tudo! Preciso de um mergulho.
Disse Lulu.
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