(Continuação)
Taís pensou mil coisas:
Será que ele desistiu? Será que ele não quis subir até aqui no morro por medo? Será o que aconteceu naquela noite depois do jantar na casa dele?
Ela ficou aflita e foi para casa de Lulu, chegando lá ele contou a Taís tudo o que houve na casa de Maurício, principalmente no dia em que Alexia e ele conversavam no escritório.
-Ela estava tão nervosa, nem quis tomar o café, quem trabalha lá escutou toda a conversa no escritório. Disse Lulu.
-Meu Deus do céu, então eu e o Maurício...
Acabou! Acabou tudo!
Disse Taís.
************
Domingo cedo, Maurício liga com uma voz péssima dizendo que ele não estava nada bem e marca encontro com Taís na praia.
Ela chega apreensiva, muito triste, anda devagar como se cada passo a levasse para o holocausto.
-Oi amor! Precisamos conversar sério, nem sei o que te dizer! Nem sei por onde começar!
Desculpa! Você ficou me esperando ontem e eu disse que iria ligar, mas nem deu.
Disse Maurício.
-Tudo bem! Mas o que houve? O que está acontecendo?
Pergunta Taís.
-Ontem fui te buscar na loja, para que a gente fosse junto para sua casa, seria mais fácil chegar com você lá no morro, eu pensei, deixo o carro por aqui mesmo e vamos de ônibus.
Você sabe que sábado antes do comércio fechar, aquela região tem um trânsito infernal, então fui procurar lugar para estacionar naquelas ruas mais afastadas, vi um carro parecido com o carro do meu pai, nem liguei!
Enquanto eu procurava a vaga vi meu pai e a Bárbara passando depressa, eles entraram no carro e eu achei estranho, resolvi seguir bem distante sem que eles notassem.
Segui por bastante tempo com cuidado até que vi o carro entrando em um motel, foi nessa hora que você ligou e eu disse que iria retornar depois.
Entrei no motel e lá no estacionamento fui verificar se era mesmo o carro do meu pai, se eram mesmo os dois que eu tinha visto. Eu não quis acreditar desde o início!
Eu segui eles, tinha certeza de tudo, mas tive que entrar lá, verificar de perto para acreditar, coisa de louco! É! Eu achei que estava ficando louco, vendo coisas!
Liguei pra meu pai e celular desligado, liguei lá em casa e perguntei sobre meu pai, Giordane disse que ele tinha ido levar o carro na revisão e depois iria pro futebol, iria demorar muito...
Eu não queria acreditar no que estava acontecendo!
-Maurício! E depois?
-Fiquei sem saber o que fazer, pensei em esperar os dois saírem e dar um flagra, não sabia se esperava meu pai lá em casa ou se ligava pra ele me encontrar em algum lugar, pensei até em fazer uma loucura e ligar para minha mãe passando o endereço do lugar...
Veio mil coisas na minha cabeça, fiquei desorientado, nervoso, chateado, muito chateado. Fui pra casa, fiquei no quarto pensando, lembrando de tudo nos mínimos detalhes, não consegui dormir, estou arrasado até agora.
Hoje mais cedo estava com o Vit, fui procurar o Vit para me aconselhar.
-Mas que coisa! E logo a Bárbara! Disse Taís.
-Isso, a Bárbara! Foi o que me deixou perplexo, porque a Bárbara é uma das amigas da minha mãe, ela frequenta lá em casa, igual ao Rodrigo, almoça, janta, passa o dia lá na piscina...
E agora isso!
E meu pai! Cara! Meu pai, meu melhor amigo, a pessoa em que eu mais confiava, que me cobrava resultados, me entendia, a gente conversava bastante...
-Calma Maurício! Me abraça!
Deixe essa lágrima cair, não segura não que é pior!
Me abraça!
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PROIBIDO PRA MIM? parte 2
RomantizmA continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos. Crítica social contada através de uma história de amor.