A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos.
Crítica social contada através de uma história de amor.
Maurício e o pai conversam sobre Bárbara no quarto, os dois falam bem baixo, quase sussurrando e Paolo diz a ele que ainda não conseguiu acabar com tudo, na verdade ele está com medo dela contar a Alexia e acabar o casamento.
-Pai! Resolva essa situação o quanto antes!
-Filho me dê mais um tempo, eu estou em uma situação muito difícil.
Eu tenho vergonha de você, sabia?
-Pai!
-É isso mesmo, filho! Vergonha das minhas fraquezas! Eu sempre quis que você se orgulhasse de mim e agora você me vê nessa situação!
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-Não que eu aceite isso que está acontecendo, mas eu entendo!
Não deve ser fácil para você viver com a minha mãe nessa situação, eu sou homem, eu até entendo quando a gente ama uma pessoa, mas ela não corresponde e quando você se dá conta tem uma outra pessoa na sua vida e tudo perde o controle.
Alexia entra de repente no quarto de Maurício.
-O quê vocês dois tanto conversam?
Ultimamente vocês ficam calados, estranhos durante o jantar, não estão correndo mais, vocês corriam na praia sempre juntos, Maurício está afastado de você Paolo e ultimamente vocês estão com uma mania de ficar aqui no quarto ou em algum lugar da casa conversando baixo às escondidas.
Tem alguma coisa acontecendo! Eu sei!
-Coisa da sua cabeça, mãe!
-Vocês mulheres tem a mania de achar que tem alguma coisa errada em tudo! Credo! A gente não está correndo junto mais por causa do Maurício está namorando, no tempo livre dele ele prefere estar com Taís. Só isso!
-Cala a boca Paolo! Eu sei que tem alguma coisa de errado no ar!
E por falar nesse namoro, quando é que você vai acabar com essa palhaçada, Maurício? Está esperando o quê?
-Ah não, mãe! Começou?
-Comecei! Comecei sim!
Eu não aceito esse namoro! Não quero mais você andando com esse tipo de gente!
-Mãe! Para com esse racismo! Preconceito!
-Não é racismo! A mulher é filha de traficante perigoso, irmã de traficante perigoso, gentinha nascida e criada em favela em um ambiente terrível e eu que sou racista? Eu que sou implicante, preconceituosa?
Qualquer mãe no meu lugar ficaria preocupada, ainda mais depois de ver os noticiários, é cada coisa que acontece!
Não aceito! Não aceito mesmo!
Tome uma providência, Maurício!
-Esse negócio dela ser filha do cara traficante é só uma grande desculpa que veio a calhar. Eu te conheço Alexia!
