Capítulo 1 - Carta

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E estou aqui de novo com mais um romance, espero que apreciem.

Boa leitura.

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Devon estava no pasto, em cima do seu cavalo pastoreando as diversas cabeças de boi. Ele olhava afiado para cada animal e comandava todos eles. Era o seu trabalho e também uma espécie de diversão. Nascido e criado no Texas, digamos que ele já nasceu em cima de um cavalo e iria morrer em cima de um.

Aquele pensamento o fizera sorrir e alisar o seu cavalo, o Noite já tinha dez anos e ainda era forte e bravo.

— Senhor Devon! Senhor Devon!

O capataz ajeitou o seu chapéu e com habilidade fez o cavalo girar para o outro lado. Ele franziu o cenho ao ver Maria acenar e gritar o chamando. Maria era a cozinheira do rancho e uma espécie de mãe para todos eles.

— Vamos lá, garanhão. Vamos ver o que a senhorita quer.

Ao se aproximar da cerca, ele parou o cavalo e a cumprimentou com um leve puxar do chapéu, gesto comum de vaqueiros. — Sim, Maria?

— Oh Devon, o senhor Thomas já está chegando a casa. O médico o liberou hoje cedo, ele nem esperou a gente ir buscá-lo. — ela disse exasperada.

O capataz rapidamente saiu de cima de Noite e pulou a cerca com maestria. — Jesus! Esse homem é teimoso. O médico falou o que mais?

— Que Thomas pediu ajuda a uma enfermeira para arrumar as suas coisas e chamou ao filho do dono do armazém para trazê-lo. Esse homem ainda vai nos matar do coração. Por isso vim aqui correndo avisá-lo.

Devon assentiu. — Obrigado por dizer. — ao terminar de falar, eles escutaram barulho de buzina. — Acho que o Sr. Teimoso e Independe acabou de chegar.

Os dois se entreolharam e sorriram de alívio, pois pelo acidente que Thomas sofreu, era para ter sido morto.

— Vamos recebê-lo.

Os dois se apressaram e correram para a entrada do rancho. Ao chegarem à frente do enorme portão de ferro eles visualizaram Isaac, o filho mais novo do dono do armazém e amigo de longa data de Thomas. O jovem estava cursando graduação de veterinário e atualmente passava as férias na cidade.

— Bom dia. — disse Isaac enquanto limpava a testa. — Trouxe um passageiro para vocês, um dos mais resmungões que já vi na vida.

— Se eu pudesse levantar daqui, te daria um pé na tua bunda, Isaac!

Maria e Devon acabaram rindo das falas de Thomas.

— Sorte minha que isso não é possível, Senhor Tom. — Isaac voltou para dentro do carro quando o portão foi aberto e assim ele atravessou. — Entrem ai. — ele acenou.

— Deixe-me fechar o portão. — o cowboy declarou.

Depois que terminou de trancar o portão, Devon andou até o carro e abriu a segunda porta de passageiro. Ao se encolher, visualizou Thomas, o seu sorriso se abriu ao ver o seu patrão bem e com uma expressão rabugenta.

— Hey. — ele entrou e se pôs ao lado dele, acenou para Isaac e olhou para Maria pelo retrovisor, viu que a mulher olhava preocupada para o seu chefe. — O que deu em você para querer vir sozinho? Nem nos avisou.

— Você acreditaria que era para fazer uma surpresa para vocês?

— Se eu tivesse nascido ontem, Thomas.

Ele acabou soltando uma pequena risada, porém na mesma hora sentiu uma dor em seu peitoral. — Sabe, cada vez que faço algum esforço, parece que ainda sinto as patas daquele boi me pisoteando.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora