Capítulo 20 - Reconciliação

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— Você estava certo, esse lugar é perfeito para o resort. — Mattos comentou ao andar pelo gramado. — Koda, já estou vendo o lugar sendo erguido.

O ruivo sorriu. — Eu também. Quando será que tudo poderá ser feito? — indagou ansioso.

— Quando o seu querido pai assinar tudo. — disse virando e sorrindo para Thomas. — E aí, Tom? Vai topar mesmo que eu construa um resort bem nas suas terras?

— Falando desse jeito, tenho até medo. — os outros dois riram.

— Mas sério, qual é a sua resposta? — Koda perguntou de novo.

— Sim, assinarei e o Condado de Wichita irá ter o seu primeiro resort.

Koda gritou animado e correu para abraçar o pai. Mattos ficou de longe vendo a seguinte cena, era bom ver o seu homem junto com o seu amado filho.

— Bom dia. — Devon aproximou-se cavalgando em Noite. — Não sabia que o senhor estava aqui. — declarou descendo do animal. — E essa animação, posso saber por quê? — indagou.

Koda tentou se conter em frente de seu pai e Mattos, mas o seu desejo era cair nos braços do cowboy, mas só fez se aproximar com um enorme sorriso e começou a explicar a situação, de por que estava animação e da presença do fazendeiro Mattos.

— Ah. — rapidamente a expressão do capataz se fechou. — Fico feliz que tenha achado uma solução.

— Não é demais? Mattos veio e trouxe os papéis, agora só basta o Thomas assinar e tudo começará a ser feito.

— É. — encolheu os ombros. Naquele momento o ruivo olhou sem entender, fixando o seu olhar no do outro, viu uma certa mágoa, o deixando mais confuso ainda. — Olha, terei que ir, só vim aqui quando avistei a caminhonete. Até mais tarde. — abaixou a cabeça junto com o chapéu, como se despedisse e em seguida subiu de volta no cavalo.

— Mas... — sem esperar resposta o capataz saiu em disparada, os deixando para trás. — O que houve? O que deu nele? — perguntou se virando para olhar o seu pai.

Thomas deu de ombros. — Vai saber. Acho que está na hora de voltarmos, assim poderei assinar os papéis para agilizar isso.

— Acho ótimo. — concluiu Mattos. Ele pegou na cadeira de rodas e guiou até a caminhonete, logo o ruivo foi ajudá-lo, assim colocou Thomas no banco da frente e Mattos foi dirigindo.

O caminho todo até a casa principal Koda ficou meditando sobre a reação de Devon, tentando ver o que aconteceu para deixá-lo daquele jeito, ficou tão preso em seus pensamentos que nem se intrometeu na calorosa conversa e nem quando viu que chegaram.

Após saírem do automóvel, Koda colocou as mãos no bolso e tentou parecer relaxado, para não verem que estava preocupado.

— Vocês irão precisar de mim para assinar os papéis? — indagou um pouco ansioso.

— Bem, poderá assinar mais tarde os papéis como investidor, não se preocupe. — respondeu Mattos.

— Ok. Vou ver se precisam de mim... no almoço a gente se fala.

— Filho, algum problema?

Ele negou com a cabeça e sorriu. — Não, nenhum problema. Só preciso fazer algo que acabei esquecendo.

— Certo. Qualquer coisa estamos em casa.

Koda por último acenou e logo passou a andar, seguiu para os estábulos e pegou a Cat, colocou os objetos que precisava e foi para o campo. No meio do caminho perguntou a um dos vaqueiros sobre o paradeiro do capataz.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora