Capítulo 38 - Sogra

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O crepúsculo com todo o esplendor tomou toda atenção com a sua maestria, que fez Koda esquecer-se por breve minutos o que estava fazendo, até que sentiu a cama afundar o que fez voltar o seu olhar para fora da janela e sorriu assim que viu Devon sem camisa e apenas com a calça jeans e descalço, totalmente comestível.

— Ei. Tudo certo com as coisas?

— Tudo em ordem, chefe. — brincou. — E aí, tudo em certo com o que estava fazendo ou você fugiu apenas para olhar a janela?

— Bobo! — revirou os olhos e o empurrou de leve. — Estava olhando os balancetes até que o crepúsculo tomou minha a atenção. Lindo demais essa vista... Paraíso. — declarou admirado para o horizonte. — Sabe quando algo te prende o seu olhar e você só quer ficar olhando fixamente para não perder nenhum detalhe?

— Eu sei. — falou sincero com a voz séria. — E eu tento não ficar olhando direto, pois como farei meu trabalho se quero ficar o tempo todo te vendo, te admirando? Não dá, mas é o que mais fazer.

Koda se virou surpreso, mas um sorriso se fez e o empurrou de brincadeira. — Meu Deus, tô sem palavras.

— A verdade, bebê. — piscou.

O ruivo suspirou apaixonado. — Te amo muito.

— E eu mais ainda. — os dois se entreolharam como dois bobos, até que o cowboy não aguentou e se inclinou, mas antes de poder beijar o namorado, um intruso apareceu e tomou a sua frente, todo pomposo jogou o rabo em sua cara e deitou folgado no colo de Koda, que começou a gargalhar.

— Sheldon! — exclamou Devon mortificado. — Fura olho. — acusou.

— Não brigue com o meu bebê. — disse o ruivo com voz de criança. — Ele pode fazer isso e tudo mais, né meu amor? —começou a fazer carinho no felino e fazer sons de bebê.

Enquanto aquela cena se fazia diante de seus olhos, Devon tentava se conter, mas acabou soltando algumas risadas, o que fez ganhar um olhar mortal do namorado e miados de Sheldon.

— Se eu não conhecesse esse gato, teria certeza que seria o próprio Salem, ele parece um humano, só falta falar.

— Doido. Mas devo concordar, principalmente a ser comparado a Salem, o ícone dos gatos da televisão, ele e Garfield. — concluiu.

— Está certo. Bem, deixando isso de lado, o que tanto você fez nos balancetes? Alguma novidade? Boa? Má?

— Vem cá que te mostro. — pegou o notebook e virou na direção do capataz, dando de cara com uma planilha e vários números.

— Isso parece uma outra língua. — comentou franzindo o cenho tentando entender, melhor, decifrar o que tinha ali.

— É fácil, deixa eu te explicar. Essa parte aqui. — apontou para uma fileira no Excel. — foi o quanto investimentos para criar o resort, detalhadamente onde foi gasto e aqui seria o retorno em seis meses.

— Uau! Caraca, foi bastante dinheiro e o retorno quase o triplo.

— Isso. Fiz isso com o pai, ele me ajudou a fazer sabendo como seria uma renda possível de um resort, mas é só um valor fantasia, uma meta. E o que temos agora, apenas com pouco meses é...

— Mal? — o interrompeu inseguro.

— Não, não. É bom. — concluiu, o que fez Devon respirar aliviado. — O resort está se saindo bem, estamos indo com o plano e daqui a dois meses poderemos já fechar o prejuízo que foi feito por conta daquele ladrão filho da puta.

— É tão bom ouvir... Falando nele, alguma notícia? Miro falou alguma coisa?

— Sobre isso... Tenho uma ótima notícia. — bateu palmas alegremente. — O caso está indo bem, só falta prender a cabeça do crime, mas o infeliz lá vai ter o final que é atrás da grades e...

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora