Capítulo 13 - Te(n)SÃO

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— Então, deixa ver se entendi. O Koda, o meu filho, saiu de madrugada e roubou a cabrita...

— Penny, o nome dela é Penny. — Thomas arqueou a sobrancelha ao ser interrompido pelo Koda, este sorriu sem graça.

— Roubou a Penny, e o meu Capataz, Devon, cobriu esse roubo, não sei como, mas fez com que o meu filho não fosse preso...

— E salvou a Penny...

— E salvou a Penny... O que vocês tem na cabeça? Estrume de vaca? — exclamou Thomas irritado. — Isso poderia dar muito errado e eu teria que ir até Dallas para tirar o meu filho da cadeia.

— Mas Thomas...

— Mas nada, Koda. O que você fez foi algo extremamente grave. Sabe quantos anos poderia pegar? Ainda não acredito nisso.

O vaqueiro suspirou resignado, ele esfregou sua testa, observando os dois na sua frente. Fazia meia hora que eles tinham chegado do festival, desde então os três estavam no escritório. Ver a cabrita, o deixou curioso, quando soube de que meios que Koda pegou o animal, o fez se arrepender de ter perguntado.

— Thomas, eu sei que o que eu fiz foi algo completamente errado, fora da lei, mas nunca me perdoaria em deixar a Penny, ela não tem culpa que existem pessoas malvadas, de sangue frio. Tinha que resgatá-la, agora ela é minha. Não sei o que Devon fez, mas agradeço de todo o meu coração por ter se arriscado. — ao terminar de falar, o ruivo direcionou os seus olhos claros para o Capataz, que estava sentado na cadeira ao lado da sua. — Não sei como, do porquê, mas muito obrigado, mesmo.

Devon sorriu fraco, sem jeito coçou a nuca e desviou o olhar. — Não foi nada. Apenas cuide bem da Penny. E Thomas, desculpe por ter encoberto um crime, mas não consegui ficar parado diante dessa situação, e para começar, o meu plano era pegar o animal e entregar a Koda. Mas não foi o que aconteceu, quando cheguei na transportadora, estava vazio e quando cheguei no motel, o encontrei dentro da minha caminhonete junto com a cabrita. Não fique com raiva, tudo se resolveu.

— Sim, tudo se resolveu. Ah Cristo amado. — Thomas balançou a cabeça, um pequeno sorriso se fez. — Não façam mais isso, e por favor, dê-me às novidades. A feira transcorreu bem?

Nesse momento Koda e Devon se entreolharam, fazendo o vaqueiro mais velho franzir.

— Não vai me dizer que aprontaram mais uma vez?

— Não, a gente não. Mas teremos que chamar o Evan Parker para fazer as contas de Marcus e Davi.

Logo Thomas se tornou sério. — O que aconteceu? Até estranhei por eles não terem chegado com vocês.

Koda se sentiu inquieto, começou a se mexer desconfortavelmente, o seu olhar se dirigia para a mesa de marfim, não arriscava olhar para nenhum deles. Devon vendo a sua maneira, logo retomou e contou tudo o que aconteceu. Como era de se esperar, Thomas ferveu de raiva.

— Não acredito nisso. Nunca pensei que os meus próprios funcionários tenham feito isso com o meu filho!

— Oh, eu tenho. — murmurou Koda lembrando das palavras que os dois disseram para Devon quando ele chegou no rancho.

— Como assim? Isso já aconteceu antes? — indagou confuso.

Koda arregalou os olhos, para não contar tudo, ele logo começou a falar, negando. — Oh, não. Não, não aconteceu nada. Só que pelos que eles disseram ao Devon quando aconteceu a briga....

— Sim, aconteceu. — Devon o interrompeu. Koda arregalou os olhos para o Capataz.

— O quê? — Thomas e o filho exclamaram juntos.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora