Capítulo 22 - 4 de Julho

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A primeira coisa que Mattos fez ao acordar foi procurar o corpo deo seu amado, porém suspirou resignado ao encontrar o outro lado da cama frio, pois lembrou-se que não era mais como antes. Os dois já não dormiam juntos, só se tocavam, bem menos do que era antigamente e isso o frustrava, já que necessitava do toque do seu rancheiro preferido.

Já fazia dois dias que estava morando provisoriamente, por conta da construção do resort, pois não queria deixar o seu enteado e amante nessa etapa tão importante, iria se doar por completo nessa nova aventura. Porém sabia que sua estadia não seria como as outras vezes, que tinha o seu amado para si, para tocar e beijar, por não estarem sozinhos como antes e por conta da insegurança do seu resmungão.

Sabia que era ilógico para si essa insegurança, todavia a mente humana era um lugar desconhecido que guardava milhares de sentimentos e pensamentos. Assim iria mostrar ao seu Thomas o quanto era lindo e que era amado, mas a sua missão era levá-lo para obter fisioterapia, pois mesmo não tendo chances de voltar a andar, não queria que as pernas dele se atrofiassem de vez, precisava de cuidado e urgente.

Mas hoje era dia de alegria e divertimento, pois era 4 de julho e todo americano que se preze comemorava essa data com todas forças, mas era mais especial para si, já que era o primeiro evento que Koda estava ali participando de algo da família de seu amante.

Olhou para o relógio e viu que ainda era cedo, porém queria acordar certo alguém. Com esses pensamentos firmes na mente, saiu da cama e foi direto para o banheiro do corredor. Tomou um longo banho, para que ficasse acordado por completo. Em seguida escovou os dentes e meditou se fazia a barba ou não, contudo decidiu que não precisava aparar, ainda não.

Após sair do banho, correu rapidamente para os seus aposentos, não queria que ninguém o visse, que ninguém visse uma certa tatuagem em seu peito.

Depois de se arrumar, deixou seu quarto e sorriu ao escutar as pessoas já acordadas e os animais no campo. Desceu as escadas e foi para o corredor que dava para o novo quarto de Thomas, era bem diferente do antigo, menor, todavia era aconchegante.

Ao adentrar no recinto, sorriu ao comprovar que o seu amado ainda estava dormindo. Fechou a porta e a trancou, por via das dúvidas.

Caminhou calmamente até o leito e por alguns minutos ficou a admirar a beleza ruiva de seu amado.

Thomas tinha 50 anos, porém só o que identificava a sua idade era os seus primeiros cabelos brancos e marcas de riso em seus olhos, porém o seu corpo ainda era o mesmo, duro, forte, delicioso e muito bom de tocar.

— Vai ficar parado e em pé até quando, querido? — a voz grossa e macia de Thomas o fez se assustar, pois estava tão absorvido que nem viu o outro abrir os olhos.

Sua face esquentou, porém sorriu carinhoso. — Estava te vendo dormir, tirando o seu ronco, até que é bonitinho dormindo.

— Engraçadinho. — revirou os olhos. — Que horas são? E por que está aqui?

— Ainda é cedo, não se preocupe. O pessoal está acordando agora e se levantando. O meu plano era te acordar e ajudá-lo a tomar um banho para aproveitar esse dia.

— Não precis...

— Nem adianta negar, sei que não gosta que ninguém te ajude, mas quero fazer isso. E você não vai negar nada a minha pessoa, ou vai?

— Querido... ok. — suspirou resignado.

— Olha que maravilha, estava até jurando que ia negar. Vamos começar esse dia bem.

Sem esperar resposta, Mattos começou a ajudá-lo a se sentar, em seguida pegou a cadeira de rodas, porém antes de ajudá-lo a sentar na cadeira, primeiro tirou a roupa do outro e a cada peça retirada era uma admirada naquele corpo. Mas mesmo ficando alegre em certo lugar, ele queria dar total atenção ao seu amante, cuidar dele.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora