Capítulo 19 - Demônios Internos

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Koda, juntamente com Devon, observaram a transportadora da fazenda de Albert levar os potros. A negociação ocorreu tudo bem, o dinheiro já estava depositado e agora o Dr. Albert era dono de dez novos potros puro-sangue árabe e de um cavalo puro-sangue árabe, quando o homem viu o garanhão, quis na mesma hora e comprou no mesmo instante, além disso passou alguns contatos de outras pessoas que poderiam gostar de fazer negócio de inseminação artificial.

— Vamos entrar, seu pai está muito feliz com tudo o que aconteceu. — comentou Devon tirando o ruivo dos seus pensamentos. — Hum?

— Sim, vamos lá. Não só ele está, mas todos. — abriu um enorme sorriso e virou para olhar o Capataz. — Principalmente eu. — as suas bochechas esquentaram. — Er, vamos.

— Você? — Devon se aproximou, não permitindo que o contador andasse. — Posso saber por quê?

— Você sabe porquê. — deu de ombros. — E não vou repetir, vai que é coisa da minha mente e tudo o que aconteceu foi um delírio. — por último soltou uma pequena risada nervosa.

— Delírio? — Koda viu ele olhar ao redor e logo o ruivo prendeu a respiração por ter o corpo encostado ao dele. — Delírio acho que não, pois tenho certeza que acordei às quatro horas da madrugada com você em meu peito, depois nos beijamos por mais meia hora. E a noite passada concordamos em fazer isso, e cara, após horas na estrada e o senhor Albert aparecendo, fiquei com vontade de te beijar novamente, mas não tivemos privacidade, até agora.

— Até agora? — ergueu a sobrancelha ruiva. — Estamos em frente da casa e qualquer momento Thomas pode vir nos chamar, então...

— Obrigado por estragar o meu momento. — enfatizou Devon.

— Desculpa. — Koda não aguentou e riu, assim relaxando, deixando o cowboy pegar em sua cintura. — É que está tudo confuso, pois...

— Koda, o que falamos na outra noite? Hum?

— Você está certo. Então é nessa hora que você deve me beijar ou estou enganado?

Devon sorriu e assentiu. — Estou quebrando o que disse, mas foda-se, porém como conheço os nossos momentos, quando encostar os meus lábios nos seus, alguém vai aparecer.

— Concordo. — o ruivo assentiu rindo. — Mas vejo um mas.

— Mas quero arriscar. — Devon inclinou e o beijou, tocando levemente os seus lábios nos dele. Porém ele se afastou e sussurrou. — Um, dois e....

— Devon! — um grito eles ouviram.

Koda gemeu e se afastou.

Fred apareceu e os cumprimentou. — Desculpa interromper, é que estão precisando de você.

— Certo, diga que vou já.

Os dois esperaram o vaqueiro voltar e na mesma hora caíram na risada.

— Temos um ímã para encontrar pessoas justo nesses momentos. — comentou Koda. — Só pode ser.

— Sim. Terei que ir, mas... — Devon respirou fundo e olhou para o céu. — Cristo... me encontre daqui a uma hora no celeiro leste, ok?

— Celeiro leste? Como assim? — franziu o cenho.

— Só vá. — piscou. — Tchau. — por último acenou e caminhou para longe, sumindo para trás da casa.

Koda ficou um tempo parado no lado de fora da casa, perdido em seus pensamentos, mas um miado tirou da sua mente. Ele avistou o seu gato na varanda e foi de encontro ao felino, pegou em seus braços e o acariciou.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora