Capítulo 21 - 2 + 1= 3

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Após assinar os documentos, Mattos levou os papéis e começou a processá-los legalmente e depois contratou a construtora que já era de confiança, conhecendo o pião de construção, logo estavam fazendo o mapa para assim o Resort Dois Corações ser construído.

Assim, os primeiros materiais começaram a chegar, para serem rápidos, alguns vaqueiros os ajudaram. A outra parcela do material chegaria após o feriado. Era três de julho e no dia seguinte, sexta-feira, seria o feriado nacional.

Koda se sentia moído, após carregar junto com os vaqueiros os materiais de construção, agora necessitava de uma cama, uma boa bebida e quem sabe, um certo capataz, que por sinal, estava mandão e reclamão.

Ele limpou a testa e suspirou. Mattos que estava conversando com os encarregados, acenou e se despediu dos entregadores, depois se virou e lançou um sorriso para o ruivo.

— Agora me diga, como se sente?

— Morto! — exclamou de supetão. O fazendeiro caiu na gargalhada. — Sério, pensei que ajudar no rancho era dureza, mas carregar sacos de cimento... prefiro carregar os fenos, muito obrigado!

— Pensei que diria isso. Mas foi por uma boa causa. Fiquei surpreso quando começou a entrar no meio e a ajudar. A maioria dos investidores e donos de fazenda deixaria isso para os funcionários, até mesmo para os entregadores. Que por sinal, eles disseram que agradeceram a ajuda, foi mais rápido de ser descarregado.

Ele deu de ombros. — Não me importo de ajudar, fico feliz que tenha sido rápido. Agora só esperar segunda para chegar o restante. E o esboço, o que o Adam falou? — disse se referindo ao engenheiro.

— Ele está finalizando. Vai trazer na segunda. Vamos indo. Ainda bem que Maria trouxe suco e comida, mas agora preciso de mais. Sei que quando voltarei para casa, voltarei mais cheio. — declarou batendo na barriga.

— Fale por você, tenho mais três meses e meio aqui. Quero só ver quando voltar. Já sou um barril, voltarei imitando um tanque.

— Que barril o quê. — Mattos pegou em seu ombro. — Você não é tão cheio assim. Está ótimo assim.

— Fala o cara de cinquenta anos que tem mais músculos do que um jovem de vinte. Sério, quero envelhecer igual o senhor e o Thomas.

Mattos riu sem graça. — Ai cristo.

— A há! Um rubor! — apontou para o outro. — Céus, finalmente alguém que fique vermelho que nem eu.

— Pois é. — deu de ombros. — Vai entrar ou vai esperar o Devon?

— O mandão? Acho que está ocupado... calma, quem vem ai? — indagou apontando para a estrada.

— Acho que são os seus primos. O seu pai disse que Sara e os meninos sempre vem no feriado.

Koda assentiu, recordando do que Thomas tinha falado semana passada. — Batman, conhecerei os meus primos. Já foram pai, avós, tia e agora os primos. Espero que a gente se dê bem, sempre sonhei quando criança ter primos para brincar, pena que só vou os conhecer na fase adulta.

— Imagino. Vou entrar e avisar o Thomas que eles chegaram. Você vai ficar ai?

— Claro, vai lá.

Mattos acenou e caminhou para entrar dentro da casa. Era umas onze horas, o sol estava se mostrando belamente, fazendo um calor daqueles.

Koda ficou na varanda e esperou. Eram dois carros, não viu o da sua tia Sara, assim pensou que era de seus dois filhos, Cary e Casper.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora