Capítulo 26 - A arte de re(quebrar)

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    Koda suspirou, estava cansado, tinha trabalhado o dia todo, porém se sentia feliz. A construção do resort ia uma beleza, pelo que o engenheiro disse pela manhã, logo estariam inaugurando.

Enquanto o resort estava sendo construído, Mattos e ele começaram a selecionar as funcionárias, que por acaso e para a alegria deles, eram as mulheres do rancho que ainda não possuíam uma renda fixa. Elas se inscreveram e já começaram a fazer o treinamento com o pessoal de Mattos.

Era uma sexta-feira a noite, por incrível que pareça estava ventando, um frio gélido e aconchegante, uma boa hora de se deitar acompanhado, se enrolar e assistir a um bom filme.

— Isso. — murmurou para si mesmo. Estava em seu quarto trocando de roupa. Era oito e meia da noite, já tinham jantado, e uma ideia lhe surgiu. Nada melhor do que uma sexta para um cinema com boa companhia e várias guloseimas para desfrutar?

Rapidamente Koda se vestiu com uma calça moletom e uma camisa folgada de unicórnio, depois pegou o óculos, assim dando uma última olhada no seu quarto, saiu e foi na direção das escadas.

Para a sua alegria encontrou Mattos, Maria e Thomas conversando animadamente na sala.

— Ei pessoal. — declarou pulando os dois últimos degraus. — Posso saber o que tanto conversam? — indagou se aproximando. Ele foi diretamente para o apoio do sofá do lado de Thomas e se sentou.

— Só assuntos da cidade. — respondeu Maria.

— Algo interessante? — arqueou a sobrancelha.

— Bem… o filho do senhor Nino se separou mais uma vez, já é a quarta. A Dona Irene me disse que agora ex-esposa dele estava de caso com o vizinho…

— Oh, pensei que eram notícias, não fofoca.

— Isso não é fofoca. É notícia repassada. — decretou Maria.

— Deixa filho, essas fofocas fazem parte dessa cidade. — disse Thomas rindo.

— Estou vendo…. então, o que irão fazer agora? — arqueou a sobrancelha.

— Além de ser insultada por dizer as notícias de Wichita. — Maria revirou os olhos, porém soltou uma leve risada, alertando que não estava chateada ou coisa do gênero. — Vou ir para minha cama e dormir.

— A mesma coisa. — disseram os outros dois.

— Ah não. Olha, tive uma ideia, estava pensando em ficarmos aqui na sala e assistir um filme de terror, que tal? Está fazendo frio e é ótimo para se deitar, se enrolar e ver um filme, principalmente aqueles que te assustam até não poder mais.

— Eu topo. — Mattos comentou animado. — Amo filmes de terror e faz tempo que vi um, também seria legal a gente relaxar depois desses dias cheios de trabalho.

— Ok, estou dentro. — Thomas assentiu e sorriu para o fazendeiro.

— Maria?

— Bem… não sei.

— Sabe sim e vai topar, agora vamos para cozinha e preparar pipoca para comermos. — Koda falou se levantando.

— Oh garoto, ok... vamos lá.

— Mas antes vou chamar o Devon…. onde ele está? — arqueou a sobrancelha.

— No barracão. — respondeu a mulher se levantando. — Aquele garoto era para morar aqui.

— Devon é teimoso, sempre falo isso e ele sempre recusa. — Thomas disse dando de ombros.

— Bem… Maria vou só chamar ele e venho te ajudar, ok?

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora