A noite chegou e todos ainda estavam do lado de fora. Agora tiraram a mesa do alpendre e colocaram no pátio, as cadeiras estavam espalhadas e todos sentados jantando e conversando, com música country como de segundo plano.
— Melhor comida, vocês arrasaram. — Koda comentou já em seu segundo prato, estava indo para o terceiro da noite. — E Thomas, nunca em minha vida comi um hambúrguer igual o seu. É maravilhoso!
— Devo concordar. — exclamou George. — Melhor hambúrguer e comida. Meu melhor 4 de julho.
— Acho que é de todos nós. — declarou Mattos. — Esse 4 de Julho para mim vai entrar para a história. — ao terminar de falar ele olhou para Thomas com um enorme sorriso no rosto. — E você, querido? O que achou deste 4 de julho?
— O que achei? Hum. — fez cara de pensativo. — Pelo que eu saiba ainda não acabou e pelo prato do meu filho, está longe de acabar.
Koda que estava com uma enorme coxa de frango, abaixou a mão e com a boca cheia tentou falar. — O que tem meu prato? — um sentimento inquietante tomou conta dele, na mesma hora abaixou a colher e afastou um pouco o seu prato. Uma voz conhecida tomou conta da sua cabeça.
"O que fiz da vida para merecer uma criatura que só come e fica de frente para a TV? Koda, pelo amor de Deus, larga esse prato e saia da minha frente, seu gordo inútil. "
Seus olhos começaram a arder e se não fosse a voz de seu pai, teria ficado perdido em seus pensamentos.
— Filho? Por que essa cara? — Thomas indagou preocupado.
Sorriu amarelo e desviou o olhar, olhando para baixo. — Nada.
— Ei. — Devon sussurrou. — O que houve? — ele sentiu a mão quente do capataz em sua coxa.
— Não se preocupe. Não é nada. — para tentar despistar o seu mal jeito, abriu um enorme sorriso, totalmente falso. — Qual é a próxima programação, meu povo?
Maria se levantou. — Obrigado Koda por me lembrar.
— O que você vai fazer? — o ruivo indagou confuso.
— Está na hora do entretenimento, uai. E quem vai dar as devidas honras é o nosso melhor dançarino de Country. — ditou ela aumentando o volume da música e mudando para uma bem agitada.
— E quem é? — Koda olhou curioso, já esquecendo o seu pequeno desconforto.
— Ora mas, você não sabe? É o Devon.
— Oh Maria... eu estou comendo. — exclamou o capataz apontando para o prato.
— E daí? Vamos... Por favor, Caroline, tire o nosso cavaleiro para dançar, o Cláudio não irá se importar, ou vai?
— Claro que não, só por favor, devolva a minha Caroline inteira. — declarou fazendo os outros rirem.
Caroline era uma bela mulher negra, de belas curvas e de sorriso sedutor. — Vamos, querido Devon? — ela se levantou e caminhou na direção do outro.
Naquele momento o ruivo quis rosnar e afastar Devon das garras dela, porém se contentou em ficar em silêncio e a observar aquele momento.
— Ok. Vamos lá.
O capataz se levantou e pegou na mão de Caroline, juntos se afastaram deles e foram para um local sem nada para os interromper.
— Comece novamente a música, por favor. — pediu Devon.
Maria assentiu e voltou a música, que por sinal era agitada e um pouco sensual.
E nos primeiros passos da dupla, o queixo de Koda foi no chão, Devon comandava os passos divinamente, além de ter um requebrado que o deixou babando, porém aquilo tudo, os rodopios, o levantar da parceira de dança e rodear o seu corpo com as suas mãos o deixou ruim do estômago, pois profundamente queria que fosse ele ali no lugar de Caroline, que Devon o guiasse e dançasse com ele para todo mundo ver.
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Meu Capataz - (Romance Gay)
RomanceKoda Harris nunca acreditou no destino, nunca pensou que sua vida seria como seus amados filmes e seriados. Como encontrar o homem perfeito para ser seu, alguém que o amaria como ele verdadeiramente é. Mas nunca pensou que estaria redondamente engan...