Capítulo 43 - Elos Entrelaçados

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Ainda estava sem acreditar no que aconteceu e no que ia acontecer daqui a quinze minutos, foi tudo surreal e parecia um conto de fadas, coisa que nunca pensou que um dia iria ocorrer consigo. Pensar que o homem de meses atrás não tinha ideia de que um dia ia encontrar a sua felicidade e uma família, agora estava ali em frente ao espelho indo para oficializar tudo aquilo.

Com o olhar preso no espelho, sua mente viajou e foi diretamente para uma certa cena especial, que aqueceu o seu coração naquele momento de nervosismo. Com um sorriso suave, relembrou com cada detalhe com minuciosidade.

[...]

Koda sabia que tinha algo de errado, as pessoas estavam sorridentes demais e soltava frases, palavras que não fazia sentido, mesmo que sabia que era ação de graças, mas aquilo estava ficando estranho. Porém, aquela toda desconfiança foi toda embora quando chegou a noite e viu a mesa posta no grande salão que a casa tinha, no mesmo instante sua boca se encheu de água e sua barriga roncou.

— Eita, isso veio de você? — indagou Ângelo. Os dois estavam de mãos dadas.

Rindo, ele assentiu. — Sim, Angel, digamos que estou morto de fome e após ver isso tudo, meu estômago despertou. E você, está com muita fome? Hum?

— Sim. — respondeu alegre. — Vamos logo... quero sentar do seu lado.

Nisso o garotinho começou a puxá-lo para a mesa o fazendo rir, mas antes que possa se sentar, a criança parou de repente e bateu na própria testa.

— Ia esquecendo... Koda, você poderia ir comigo ver se o Mister Peru está bem? Por favor?

— Er... — o ruivo lançou um olhar faminto para o banquete, mas assentiu concordando. — Certo, onde ele está?

— No celeiro, vem comigo.

Dando de ombros, Koda o seguiu mais uma vez e saíram da casa, que por sinal estava estranhamente em silêncio, mas suspeitou que o pessoal estavam se arrumando, principalmente as mulheres, hoje a casa estava cheia delas. O pensando o fez sorrir.

Ao sair no lado de fora, um vento gélido o tocou, o que fez se arrepiar. — Caraca, isso quase me lembrou de Nova York. — murmurou para si. — Estava com saudades desse clima.

— Eu também gosto do frio, bem, menos quando o... o treco lá que esquenta quebra. — comentou Angelo. — Aí temos que vestir todas as roupas até que consertem.

— Sei bem como é. — Koda riu lembrando de momentos que aconteceu consigo. — Ah, esqueci de pegar a chave do celeiro... onde será que está o Devon? — perguntou tentando achar o celular no bolso, mas antes que pudesse ligar para o namorado, Ângelo foi mais rápido e o pegou. — O q-uê?

— Está aberto.... venha! — e saiu correndo, ele empurrou o portão e entrou no celeiro, deixando Koda totalmente confuso.

— Calma, Ângelo! Cuidado! — falou assim que conseguiu uma reação. Rapidamente acelerou os passos e abriu o portão e paralisou assim que visualizou o ambiente do celeiro. — Santo Batman, o que é isso? — exclamou com os olhos arregalados.

— Ei, amor! — disse Devon, as suas bochechas estavam coradas e em seu rosto continha um enorme sorriso brilhante. — Eu não sabia como fazer isso, mas tive alguma ajuda. — comentou se aproximando.

— Fazer o quê? — olhou confuso. Koda começou a andar lentamente na direção do namorado, mas com o olhar na decoração e no seu cowboy, principalmente nele. — Por que está de terno? O que está acontecendo?

— Gostou? — riu sem graça. — Espero que goste, pois não uso muito... você sabe... bem, aí Batman...

— Vai homem, esse momento é seu! — gritou Thomas ao longe, tirando várias risadas, o que fez com que Koda olhar para lá e visse todos.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora