Capítulo 10 - Dallas

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Após o corrido do envenenamento, Koda e Devon cuidaram do gado reserva para a negociação com o fazendeiro Mattos, além de continuarem observando e cuidando daqueles que sobreviveram.

Além disso, ao decorrer da semana os vaqueiros vieram falar para o Capataz que viram que algumas cercas do campo norte, justamente onde estava o gado que iria para Dallas, estavam com os arames cortados. Havia buracos e até mesmo um dos funcionários impediu de alguns animais se machucarem. Logo, Devon pediu imediatamente para mudar para o campo que ficava bem próximo da casa grande, além de colocar alguns vaqueiros para vigiar.

Koda suspeitava que alguém não queria que seu pai fizesse essa negociação. Até falou a Thomas e a Devon que se continuasse assim, teria que ligar para o xerife e pedir para investigar, mas nenhum caso grave ocorrera.

E o grande dia chegou. Quando deu duas horas da madrugada os vaqueiros começaram a colocar os trezentos bois dentro de transportadores, que eram feitos justamente para isso, além de que vários caminhões estavam pronts para aquela viagem de duas horas e meia.

— Tem certeza de que não quer ir, Thomas? — indagou Devon.

Thomas sorriu e balançou a cabeça. — Irei ficar, espero que ocorra tudo bem e também que mostre a Koda a feira. Explique tudo a ele, por favor.

— Não se preocupe. Falando nele, onde está?

— Falando de mim? — perguntou Koda aparecendo na sala de estar, na mesma hora seu pai e o capataz olharam para ele e se surpreenderam pela sua roupa. — E aí, o que acharam? — sorriu apontando para o seu colete.

Koda vestia uma camiseta quadriculada vermelha, um colete preto com vários bottons, um do Batman, Pacman, Big Bang Theory escrito Bazinga, Supernatural com o lema: "Salvar pessoas, caçar monstro, o negócio da família", Harry Potter e por último uma foto do gato Sheldon. Além disso, usava uma calça jeans azul escuro, uma bota preta e o seu chapéu negro, o que destacava seus olhos e sua pele pálida.

— Filho, está bonito, muito a sua cara esses negócios no colete. — respondeu Thomas sorrindo. — Vejo que está animado.

— Obrigado. São bottons, tenho caixas e mais caixas disso, uma coleção por assim dizer. — disse rindo. — E estou um pouco, além de ansioso e nervoso. — suspirou em seguida. — A propósito, acabei de vir do escritório, estava fazendo o contrato da venda, só preciso que o senhor assine.

Devon que estava paralisado olhando o ruivo, tossiu e desviou o olhar para que ninguém percebesse o que estava fazendo, mas logo entendeu o que Koda disse.

— Contrato? Não vai precisar, era para ter dito antes, já avisei ao Evan Parker sobre a negociação, com certeza estará lá e resolverá essa parte, só precisamos nos preocupar com a chegada do rebanho na feira e com a entrega.

— Ah, mas vai precisar da assinatura de Thomas. — disse confuso.

— Não se preocupe, filho. O Parker tem tudo resolvido.

Koda achou super estranho aquilo, mas deixou quieto e guardou o papel do contrato numa pasta, a colocando junto com sua bolsa de roupas.

A Feira do Vaqueiro em Dallas durava dois dias seguidos, era uma boa hora de comprar animais nos leilões, mercadoria e até participar do rodeio, além disso tinha shows ao vivo o dia todo, parque de diversões. Era um momento que juntava todos os rancheiros, fazendeiros, cowboys e competidores do estado todo, senão do país, era um evento de magnitude grande, mas não tanto quanto o de Austin.

— Alguém viu o Sheldon? — indagou após fechar a bolsa. — Desde ontem que disse a ele que não o levaria, que não o encontro.

— Oh, ele acabou se esgueirando para o meu quarto, acordei e o deixei lá. — respondeu Thomas.

Meu Capataz  - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora