Meu Capataz - (Romance Gay)

Capítulo 11 - Rodeo

Após o almoço, eles voltaram para o quarto e foram se trocar, mas Koda acabou cochilando na cama enquanto esperava Devon tomar banho. O seu sono estava tão bom que acabou sonhando que estava na Disneylândia, porém quando iria novamente na montanha russa, foi tirado dos seus sonhos.

— Acorda, dorminhoco.

— Mm, quê? — indagou desorientado. Koda esfregou os olhos e em borrões viu Devon ao lado dele, um pouco inclinado e com a mão esquerda se apoiava na cama. — Oi?

Santo Batman, a única vez na vida que adorou ser acordado só para dar de cara com o Capataz, queria ter dormido com os seus óculos, assim aquela visão ficaria a mais perfeita possível.

— Hora do banho. Temos só meia hora antes que o rodeio comece, as inscrições já foram feitas. — disse se afastado.

Koda esperava vê-lo só de toalha e com gotas de água pingando em seu peito, mas o Capataz estava já vestido com uma nova roupa e estava completamente enxuto, fora os cabelos, que ainda estavam molhados.

— Oh, claro! Volto já.

Ao se levantar da cama, Koda quase que caía ao esbarrar em sua mala da liga da justiça. — Caralho! — xingou fazendo careta. — Porque coloquei justamente aqui? — murmurou puxando o objeto para cima da cama.

Após pegar a sua roupa se dirigiu para o banheiro, não demorou muito a tomar banho e se vestir, novamente colocou os seus bottons, era a única maneira de se sentir mais como ele vestindo aquelas roupas de cowboy.

Depois que se arrumou, os dois deixaram o quarto e seguiram para a caminhonete. No meio do caminho se encontraram com os vaqueiros, eles estavam muito animados, o que fez Koda sorrir, mas percebeu que Devon estava ainda estranho, o seu sorriso não alcançava os olhos e sempre parecia que estava distante, o que o deixou preocupado.

A viagem do motel para o festival foi em completo silêncio, e assim seguiu até entrar na arena. Eles ficaram na mesma fila com os vaqueiros, todos conversando, rindo. Ainda era muito novo para Koda, era a primeira vez que prestigia um evento daqueles, esperava gostar.

O locutor começou a falar, dando a abertura das competições, a plateia vibrava, sendo calorosas.

— Senhoras e Senhores, vai começar mais um ano da Feira do Vaqueiro em Dallas. Fazem 65 anos que esse evento magnífico teve início, onde os senhores fazendeiros, peões, rancheiros vem de longe para demonstrar o que fazem de melhor, de dominar um cavalo ao touro mais valente do mundo. E de inicio, iremos começar o campeonato, e digo pessoal, temos campeões de ouro competindo. Isto vai esquentar mais do que o sol no Texas. Mas antes, o talentoso, o poderoso Garth Brook, que fez a maior abertura no rodeio latino americano, está aqui para prestigiar mais uma vez o nosso festival. Com ele, GARTH BROOK!

Ao terminar de falar, as luzes da arena começaram a piscar e uma melodia country teve início. O cantor entrou tocando em seu violão, a multidão foi ao delírio no mesmo segundo.

— Esse cara ainda vai me fazer infartar. Ele vai cantar Rodeo, a melhor música do mundo. — exclamou Garcia. Em segundos o cowboy estava cantando junto a multidão, os vaqueiros do rancho seguiram animados.

Koda virou surpreso pela tamanha animação e emoção que estava ao seu redor. Mas o seu olhar se prendeu em Devon, que cantarolava baixinho, e tinha o olhar distante mais uma vez, e isto fez ter mais raiva do cara de hoje cedo, pois tinha certeza que a mudança brusca de comportamento do capataz tinha a ver com aquele Josias. Esperava que não encontrasse mais ele, e iria fazer com que Devon voltasse como antes, pois estava sendo divertido e legal passar esses momentos com ele.