— O que aconteceu, querido? — perguntou.
Tímido, Ângelo abaixou a cabeça. — Quero fazer xixi, você poderia ir comigo?
— Claro, deixa eu sair daqui. — sem fazer nenhum barulho ou movimento brusco, saiu das garras de Devon, sem acordá-lo. — Pronto, vamos.
Antes de ir, o ruivo pegou o seu óculos e em seguida pegou na mão que Ângelo estendeu para si, assim os dois saíram do quarto e foram para o banheiro que ficava no corredor. No banheiro Koda o ajudou a puxar a calça do pijama e em seguida virou de costas, dando privacidade ao seu filho.
— Terminei! — comentou Ângelo tentando voltar a cueca para cima. Koda ao ver o ajudou e depois pegou um banquinho, fazendo com que a criança ficasse em cima, assim podendo alcançar a pia para lavar as mãos.
— Muito bem, meu amor. Agora voltar para a cama, né?
Alegre, Ângelo assentiu e com ajuda do pai, desceu do banquinho e ao tocar os pés no chão ele agarrou a perna de Koda e olhou sorridente. — Papai, estou muito feliz por estar aqui. Estou feliz em te chamar de papai... eu posso continuar chamando? — indagou tímido.
Koda se abaixou ficando da altura dos olhos de seu filho, com um sorriso grande em seu rosto respondeu a criança. — Meu amor, quando você me chama assim, o meu coração falta saltar do peito por tamanha alegria. Eu amo quando você sorri, amo quando me abraça e principalmente te amo, meu filho. Isso que você é, Ângelo, meu filho e de Devon.
— Uhum. — assentiu. — Eu também te amo, papai. Amo você e o papai Devon, como amo meu vovô Thomas e vovô Mattos, também amo a tia Maria, o tio Miro e o tio Fred. Amo desse tamanho aqui. — demonstrou com os braços abrindo largamente. — E ah, também amo o Sheldon e o Mister Peru... quando poderei ver o Mister Peru? Estou com saudade dele.
Koda riu emocionado. — Logo meu amor, agora vamos voltar para o quarto e dormir, ok?
Quando abriu a porta, a outra porta do quarto de Ângelo se abriu e por ela saiu um Devon alarmado, os seus olhos estavam assustados, mas ao ver os outros dois, se escorou na parede e suspirou de alívio, no mesmo instante da criança avista-lo, ela saiu correndo de encontro a ele e abraçou suas pernas.
— Papai vai no banheiro também? Acabei de fazer pipi. — comentou olhando para cima.
Devon sem esforço algum, pegou Ângelo no colo e respondeu ao menino. — Não, querido. Vim atrás de vocês dois, me deixaram sozinho, me sentir solitário. — ao terminar de falar, o Capataz fez cócegas na criança.
Rindo, Ângelo tentava afastar das mãos do pai, mas este por fim terminou o pequeno ataque e o beijou carinhosamente na testa. — Papai, sinto muito por ter deixado você, mas eu estava apertado.
— Tudo bem, meu amor. Pronto para dormir, Ângelo? Koda?
— Essa coisinha fofa aqui precisa de um sono bem gostoso. — comentou Koda se aproximando e abraçando de lado o marido. — Vamos?
— Eu posso dormir com vocês?
O casal se entreolharam, sabia que era algo que não devia, pois criança precisa ter o seu próprio lugar de conforto e individual, mas naquele momento os três estavam precisando daquela união e conforto. Mas antes de irem para o outro quarto, Koda correu e pegou o urso favorito do seu filho.
Ao adentrar em seu próprio quarto sorriu e em seguida apagou a luz, porém a iluminação da janela deu ainda para enxergar perfeitamente os dois amores de sua vida dormindo profundamente abraçados. Com passos suaves, ele se juntou na enorme cama e foi puxado no mesmo momento pelo marido, que o fez se juntar naquele ninho de paz e amor, percebendo que Devon estava ainda acordado, ambos sorriram cúmplice e se deram as mãos, formando um escudo protetor para a criança que estava no meio deles, e assim dormiram.
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Meu Capataz - (Romance Gay)
RomantizmKoda Harris nunca acreditou no destino, nunca pensou que sua vida seria como seus amados filmes e seriados. Como encontrar o homem perfeito para ser seu, alguém que o amaria como ele verdadeiramente é. Mas nunca pensou que estaria redondamente engan...