A viagem até a outra cidade foi regada de conversa e cantoria, o último por parte de Koda e Mattos, que deixou os outros dois rindo e cantarolando junto. O momento foi relaxante e divertido, durou até chegar na rua da clínica.
— Chegamos! — exclamou Mattos estacionando. — Está vendo aquele casarão? — apontou para a casa da esquina. — É o orfanato. Vocês dois podem ir lá, enquanto isso Thomas e eu ficaremos na clínica e quando acabar a consulta iremos encontrar vocês, ok?
— Certo, pai! Pode deixar. — Koda pegou a sacola com os bonecos e em seguida abriu a porta do veículo. — Espero que a nossa visita não atrapalhe a Joana.
— Não se preocupe, eu falei com Veronica e ela me disse que Joana já está nos esperando. — Thomas o tranquilizou. — Agora vão lá, quero que essa consulta termine logo para ir até vocês.
Eles se despediram e cada casal tomou um rumo diferente, enquanto Thomas e Mattos entraram na clínica, os outros dois andaram até o casarão. Koda ao ficar de frente para o edifício antigo suspirou, leu a placa que tinha e tentou ver se via alguém no quintal.
— Vamos chamar aqui ou vamos entrar? — perguntou Devon junto com ele olhando para dentro do muro. — Parece enorme e bem zelado, mas dá para notar a idade desse lugar.
— Vamos entrar, acho que estão lá bem afastados da entrada e não irão escutar. E sim, parece bem aquela casas de filmes de terror, sabe? — Koda divagou enquanto abria o portão e um rangido foi escutado. — Até o rangido sinistro.
Devon acabou rindo. — Não vai me dizer que está com medo?
— Eu? Com medo? — olhou indignado. — Por acaso não me conhece, meu caro Collins? Estou me cagando de medo. — confessou, o que fez a risada do namorado aumentar. — Se por acaso ver algum fantasma aqui, eu pego Ângelo e corro daqui e só volto com os irmãos Winchester.
— Bom saber que nem a minha pessoa é citada nisso.
— Mas amor, você é grande, sabe se defender. Ângelo e eu somos dois seres pequenos e inocentes.
— Bem, devo concordar, são pequenos, mas a única diferença que apenas o Ângelo é inocente, já você...— se silenciou e rapidamente tomou a frente já prevendo o que o outro faria, que foi um grito e uma tapa em sua bunda. — Ei.
— Isso é por dizer calúnia a minha pessoa.
— Ora, ora, olha o que o gato trouxe. Bem que desconfiei que tinha alguém aqui fora, tão bom rever vocês, rapazes! — Joana abriu a porta e ergueu os braços, primeiro abraçou Devon e em seguida Koda.
— Joana! Digo o mesmo, desculpa o pequeno tumulto. — Koda a cumprimentou, as suas bochechas fizeram questão de ficar rosadas. — Espero que a nossa visita não perturbe as crianças.
— Claro que não, é um prazer ter vocês aqui. Podem entrar. — ela esperou eles entrarem e os guiou. — Sejam bem-vindos ao nosso humilde lá. As crianças ficaram felizes por saber que viriam, principalmente um, que por acaso me perturbou o dia todo perguntando por vocês.
O ruivo abriu um enorme sorriso. — É ótimo ouvir isso, principalmente com que está acontecendo... Meus pais falaram a respeito da situação.
Joana assentiu resignada. — Pois é... Esta uma situação nada boa, duas crianças foram transferidas, três já foram para o lar delas e até o fim de dezembro aqui ficará quieto e vazio. — comentou observando a sala. — Nunca pensei que isso um dia ia acontecer, mas as vezes a vida é traiçoeira.
Koda não se aguentou e a abraçou de lado. — Eu imagino que é bastante difícil para ti, esse lugar é teu lar, as crianças é a sua família e você quer dar o melhor para todos eles.
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Meu Capataz - (Romance Gay)
RomanceKoda Harris nunca acreditou no destino, nunca pensou que sua vida seria como seus amados filmes e seriados. Como encontrar o homem perfeito para ser seu, alguém que o amaria como ele verdadeiramente é. Mas nunca pensou que estaria redondamente engan...