Capítulo 25 - Vancouver

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"As pessoas dizem que o tempo muda tudo. Não é verdade. Tomar uma atitude é que muda algo. Não fazer nada deixa tudo exatamente como era.
(Dr. House - House)

...............*...............

ANNE

Pense em estar com medo.
Medo de descobrir quem é sua verdadeira mãe. Medo de sua vida inteira não passar de uma mentira.
Medo de tudo mudar.
Medo dela não ser como você pensa.

Quando ele me liga pontualmente meu coração erra uma batida.

Anne - Viva voz? - Eu queria MUITO que ele ouvisse comigo, precisava dele ao meu lado

- Não, pode conversar com ele e depois me conta. - Teria que enfrentar isso sozinha, mas fico feliz por ele me dar espaço e respeitá-lo - Amor, qual a senha da Netflix? - ele me pergunta enquanto ainda estou distraída.

Anne - A mesma da gaveta. Oi pai. - falo assim que atendo e vou até o quarto

LIGAÇÃO ON

Pai - Oi filha... Pronta da conversar?

- Sim... Estou - tento parecer firme mas falho miseravelmente.

Pai - Olha, eu preciso que você venha até Vancouver para conversarmos direito.

- Pai, eu tenho que estudar, não posso faltar assim...

Pai - Eu sei Anne... Passa o próximo fim de Semana aqui.

- A escola tem que liberar.

Pai - Isso eu resolvo, passagem, escola, táxi e você fica aqui em casa. - Engulo em seco, quando ele quer uma coisa literalmente vira o mundo do avesso para conseguir, ele me lembra Jen às vezes.

- Ok, meu namorado pode ir?

Pai - Ah, então era verdade? Achei que você tinha inventado. Fico feliz por estar feliz. Finalmente esqueceu aquele idiota. A quanto tempo?

- Pai... Ele pode ir?

Pai - Eu tenho que ver... Por enquanto não

- Ah, ok.

Pai - Sei que odeia tudo isso, de eu estar ocupado e tal - Realmente - Mas eu te liguei só pra isso mesmo. Queria saber se viria.

- Ah

Pai - Até o próximo sábado de manhã ?

- Sim. Até lá.

Pai - Te amo.

- Também. - Ele desliga.

Saio do quarto processando aquilo, foi melhor que eu imaginava, mas também pior... Queria que Bernard estivesse ao meu lado nessa viagem.

Ber - Como foi? - ele segura minha mão assim que me sento.

- Bernard - Eu o chamei pelo nome por impulso, e como nunca o chamo assim ele se assusta. - Eu vou ter que ir pra Vancouver. - Ele fica pálido e entendi o por que daquilo.

Do Outro Lado do VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora