Capítulo 42

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Você grita alto
Mas eu não ouço nada do que você diz
Estou falando alto, não dizendo muito
Sou criticada, mas suas balas ricocheteiam
Você me derruba, mas eu me levanto

Sou à prova de balas, nada a perder
Atire, atire
Ricocheteiam, você acerta o alvo
Atire, atire
Você me derruba, mas não vou cair
Eu sou de titânio
Você me derruba, mas não vou cair
Eu sou de titânio

Me corte
Mas você é quem terá mais para sofrer
Cidade fantasma, amor assombrado
Levante sua voz, paus e pedras podem quebrar meus ossos
Estou falando alto, não dizendo muito

Sou à prova de balas, nada a perder
Atire, atire
Ricocheteiam, você acerta o alvo
Atire, atire
Você me derruba, mas não vou cair
Eu sou de titânio
Você me derruba, mas não vou cair
Eu sou de titânio (x2)

Dura como pedra, metralhadora
Atirando contra os que correm
Dura como pedra, como vidro à prova de balas

Você me derruba, mas não vou cair
Eu sou de titânio (x3)

[Titanium (feat. Sia) - David Guetta]

...............*...............

PASSADO

Jen - PRIMAAAA - Jen pula em cima de mim sorrindo

- Oi Jen, quanto tempo. - Abraço-a apertado, mais de 5 meses sem vê-la não é fácil. Ela é como uma irmã pra mim, nascemos no mesmo mês e tínhamos a mesma idade. Ou seja, ela me entendia muito bem todas as minhas mudanças e o que eu passava.

A única diferença entre a gente é a nossa personalidade - é claro - eu sempre fui mais insegura e quieta, enquanto ela sempre foi mais determinada e nunca ficava quieta, NUNCA ACEITA UM NÃO COMO RESPOSTA.

Uma vez fomos no parque de diversões com seu pai (meu tio), e ela pediu um algodão-doce para meu tio Willians. Só que ele disse não.

Ela começou a abrir o berreiro no meio do parque de diversões, e meu tio começou a entrar em desespero. E eu? Apenas fiquei quieta e com uma super vergonha de ter todos os olhares fixos em "nós", no fim Jen ganhou seu algodão-doce e eu neguei quando ele me perguntou se eu queria

Tio Willians sempre me disse que queria que sua filha fosse como eu... Uma garota calma e compreensiva, e que fosse bem humilde, já que minha prima preferida sempre gostou de ostentar.

Jen - Como você está? - Ela se senta no sofá de couro no centro da sala, sua casa era linda.

Eu sempre venho aqui nas férias, era o único momento que tínhamos para curtir e bater papo... Já que a escola é muito corrida.

- Bem... - Me sento ao seu lado.

Jen - Aham... alguma novidade?

- Não... Tudo na mesma...

Jen - Ann? Quais seus medos?

- Meus medos?

Jen - Sim, fala um seu e eu falo um meu. A gente vai revezando.

Começo a pensar... Ela não estava se referindo a medos fúteis, mas sim a medos sentimentais coisas que não queremos que aconteça.

Não era como ter medo de rato.

Do Outro Lado do VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora