Capítulo 58

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As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas
Talvez apenas com o toque de uma mão
Bem, eu, eu me apaixono por você a cada dia
Eu só quero te dizer que estou apaixonado

Então querida, agora, me abrace amorosamente
Beije-me sob a luz de mil estrelas
Coloque sua cabeça em meu coração que bate
Estou pensando alto
Talvez tenhamos achado o amor bem aqui onde estamos

Quando meu cabelo tiver caído e minha memória desaparecer
E as multidões não lembrarem mais do meu nome
Quando minhas mãos não tocarem as cordas do mesmo jeito
Eu sei que você me amará da mesma forma
Porque querida, sua alma nunca envelhece, ela é eterna
E amor, seu sorriso estará sempre em minha mente e memória
E estou pensando em como

(Thinking Out Loud - Ed Sheeran)

................*...............

ANNE

Alguns dias depois, a rotina fica muito repetitiva e chata.

Fico no quarto quase o dia todo, e o Bernard sempre está lá, em silêncio, apenas me fazendo companhia. Eu lendo um livro e ele mexendo freneticamente no celular.

Uma vez ele me disse que ficava ali para não ficar só em seu quarto. E eu nunca reclamei ou questionei, ultimamente eu tenho ficado com medo de ficar sozinha. É como se eu tivesse sendo...Observada. E a companhia dele - mesmo silenciosa - me faz bem.

As únicas coisas que a diretora me deixa fazer é arrumar a escola - como parte do maravilhoso castigo a qual fui submetida - e jogar vôlei e o único motivo é o campeonato que é a única coisa que eu me preocupo agora.

Pelo que eu fiquei sabendo - pelo Mike, já que eu quase não saio da minha zona de conforto - a Jennifer foi suspensa por um bom tempo e em casa, creio que seja exigência dela.

Eu acho injusto? Talvez.

Mas isso foi decidido pelo Conselho Estudantil, tudo por causa da bendita burocracia.

Entro no dormitório depois do treino de vôlei e a falta de algo me tira dos devaneios e lamentações que giram a todo vapor na minha cabeça.

De algo não... alguém.

- Bernard? - Sem resposta

Ele não estar lá me deixa extremamente incomodada e - um pouco - frustada.

Vou para o banheiro e ligo o chuveiro. Ás vezes, eu gosto de ouvir o barulho das gotas se chocando no chão, o fato de ser um barulho totalmente insignificante e pouco observado pelos outros me fascina.

Tento me acalmar debaixo das gotas mornas, mas, infelizmente, não obtive sucesso.

Ber - Anne! - Escuto sua voz desesperada do lado de fora.

Paro de colocar a blusa e pego o roupão.

Isso foi um pouco de preguiça também.

- Oi...

Ber - Por que está de roupão?

- Por que você me gritou? Fala, o que foi?

Ber - A sala de música... - Ergo uma sobrancelha

- Sai do quarto - Ele assente, sai e fecha a porta.

No fim, eu fui obrigada a colocar a blusa.

- Vamos

Do Outro Lado do VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora