Capítulo seis

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Perigo 🔫💶

Na moral mermo, mulher faz um charme rapaz, um cú doce do caralho para no final de tudo acabar na nossa cama! Elas se amarram, ainda mais se o lance for escondido, coisa de doido mermão, parece que quando é proibido o bagulho fica mais gostoso.

Não tem essa de ser santa, crente, inexperiente, elas adoram um vagabundo. Nunca que eu imaginaria a santinha aqui. Nem acreditei quando vi ela na minha porta, papo reto. Quando a prima dela lá veio desenrolar, pensava que era outra mina, sei lá mano, qualquer uma, menos ela. Não me aguentei e fiz piada mermo, mas duvido que eu ia negar carne nova, ela era gostosa, eu não podia negar.

***

Perigo: Coé popó! Atividade aí fi! Só quer saber de olhar mulher aqui nessa porra! Tem todo o tempo do mundo e quer brincar em serviço.

Popó: Foi mal aí! Mas que morena é essa, viajei mermo nessa porra.

Perigo: Amante do patrão, tira o olho aí! Uma das favoritas dele. - Na mesma hora Popó arregalou os olhos.

Popó: A partir de hoje essa mina virou homem para mim. - Fez o sinal da cruz me fazendo gargalhar, menó bobão, me divirto.

Perigo: Acho bom mermo.

Tava foda a situação do morro, três dias diretos de confronto. Foda para caralho mas esses pau no cú não desistem! Nunca quiseram fechar com nós e agora tá nessa. O tráfico é simples de se entender, fechou com nós é amigo! Traiu já era mermão, tá fudido.

Nossa guerra não era com facções rivais, muito menos com os alemão, o bagulho pegava firme quando se referia a milícia. A luta pelo território sempre foi disputada por Milícias X Bandidos. O comando ( ) está aqui a mais de dez anos e vem esses pau no cú achando que bota moral em alguma coisa.

Podem até dar risada com o que eu vou falar, mas os moradores tem muito mais paz com nós no comando do que com eles. Não temos facções rivais, a maioria dos morros nessa região fecha com nós, então quase nunca temos confronto aqui. Morador anda tranquilamente nas ruas e nas vielas! Crianças brincam a hora que quiserem. Lógico que existe a lei da favela! Mas isso aí é tranquilão! Temos poucos problemas perante a isso.

Os Milícias fazem questão de cobrarem uma proprina de cada casa, tirar R$50,00 todo mês alegando que é da "segurança" e ai de você se ousar á não pagar! É tchau e bênção, matam mermo, sem mais nem menos.

Os moradores não podem vender suas casas pois são obrigados á dar 20% do valor da venda para esses pau no cú. Aí eu te pergunto, isso é segurança? Uma filhadaputagem dessas é segurança?

Eu to ligado que o tráfico não é mil maravilhas, não sou hipócrita de dizer ao contrário, mas nós não fazemos nada disso! Não cobramos dinheiro de ninguém ( á não ser que esteja devendo) e muito menos matamos qualquer um atoa. Defendemos a nossa área e os moradores, apenas.

Mas dessa vez, eu posso dizer. Estamos na guerra, prestes a vencer. É armamento para caralho! Munição nem se fala, várias reuniões com as facções aliadas e muitos soldados competentes, dessa vez Nem foi esperto para caralho, Juntou armamento e reuniu os aliados no momento certo e na hora certa!

***

Colei goma da minha coroa. Fazia um bom tempo que não ia visitar a mesma, tomar um café que só ela sabia fazer, o tempero gostoso que somente a comida dela tinha, sem igual!

Eliane: Hum... Finalmente Diego Henrique! Esqueceu que tem mãe? - Dei um cheiro em seu pescoço e ela bateu no meu braço, sabia que ela sentia cócegas, amava perturbar minha véia.

Perigo: Para de k.o mãe, vim aqui semana passada. - Ela revirou os olhos.

Eliane: Vai querer almoçar? - Assenti.

Aproveitei que ela foi pegar a minha comida e tirei minha carteira do bolso. Tirei um bolinho de nota de R$50,00 e separei para minha nega! Sempre que posso ajudar, eu ajudo, sei o quanto ela precisa. Minha mãe cria uma criança que perdeu os pais nas mãos de dois milicianos. Os pais da criança se recusaram a pagar propina e foram assassinados na hora. Como sei que minha mãe tem muitos gastos com o Pietro, ajudo sempre que posso.

Só falar no diabo que ele aparece. Moleque é um atentado! Mas não posso falar nada não pq amo esse diabinho para caralho.

Pietro: Coe rimão - Fez um toque comigo.

Perigo: Fala menó, tava aonde? - Ele deu um sorrisinho de lado.

Pietro: Na rua cantando as novinhas - Gargalhei.

Perigo: Esse é o meu garoto! - Dei um tapinha na sua testa.

Eliane: Diego! Para de ensinar bobeira para o Pietro, ele só tem cinco anos! Esses dias a professora me chamou na escola pq disse que ele estava colando chiclete no cabelo das garotas. - Segurei a risada e assenti.

Assim que bati um rango daqueles na minha véia, meti o meu pé. Neurose já tava batendo e só umzinho para me deixar tranquilão.

Opostos [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora