Naiara🎀
Dei um sorriso e acenei para Pietro, Diego arrancou com o carro dali e pedi baixinho para que Deus acompanhasse eles até em casa. Entrei no Hostel, dei boa noite para algumas pessoas e fui para o meu quarto.
Deitei na cama cansada e quando estava prestes a dormir, ouvi meu telefone tocar. Peguei o mesmo e atendi a chamada vendo que era mamãe.
Naiara: Mãe?
Renata: Oi minha filha. - Meu coração apertou ao ouvir sua voz embargada.
Naiara: Como a senhora está? Aconteceu alguma coisa?
Naiara: Fala mãe! Responde por favor.
Renata: Seu pai filha, ele, ele piorou esses dias e está internado no hospital.
- Mordi os lábios e segurei as lágrimas que já invadiam meus olhos.
Naiara: Isso tudo é culpa minha, se eu não tivesse ficado aqui isso não estaria acontecendo. - Solucei não acreditando no que havia acabado de ouvir.
Renata: Naiara, a culpa não é sua minha filha!
Naiara: E agora? O que vai acontecer com o papai mãe?
Renata: Eu não sei o que fazer, como agir. É muita pressão filha. - Suspirei.
Renata: Quero que você venha para cá, o mais rápido possível. Quando tudo se acertar você volta para o Rio.
Naiara: Claro, quero ir o quanto antes, mas mãe... Eu não tenho dinheiro nenhum.
Renata: Sem problemas, eu pago! Com as economias que guardei dá para comprar sua passagem! Mas somente a de vinda, da volta eu não te garanto.
Naiara: A volta a gente vê depois! Só quero ver meu pai logo.Assim que desliguei a chamada com mamãe, não pude conter as minhas lágrimas. Naquele momento eu só queria um abraço aconchegante e alguém dizendo que iria ficar tudo bem!
Sempre fui colada e apegada ao meu pai, desde pequena tenho uma relação incrível com ele. É difícil demais saber que ele tem sofrido tanto. E me dói mais ainda saber que eu não estava lá quando ele mais precisou de mim.
Como eu fui egoísta! Só consigo pensar no quanto meu irmão deve estar sobrecarregado. Cuidando do nosso pai doente e ao mesmo tempo tendo que zelar pela gravidez de risco da sua esposa.
***
Hoje eu viajaria para Santa Catarina junto de Victor, sim, acabou que ele iria embora na mesma semana que eu, então ele antecipou o vôo para eu não ir sozinha. E eu confesso que fiquei bastante aliviada! Sou lerda até para pegar ônibus, quanto mais um avião.
Durante essas duas semanas não me comuniquei com Diego. Ele não me mandou mensagem e eu não ousei em incomoda-lo! Do jeito que ele é bipolar capaz de me dar um tremendo de um fora.
Não falarei com ele por enquanto que estou indo viajar, aliás, não serão muitos dias! Meu pai irá melhorar logo! Eu sei que vai, sinto isso.
Eu esperava Victor comprar algo na lanchonete que tinha no aeroporto. O nosso vôo sairia em aproximadamente vinte minitos. Mordi os lábios nervosa, nunca andei de avião! Será a primeira vez.
Senti alguém tocar nas minhas costas e logo me virei. Arregalei os olhos ao ver Dona Eliane ali.
Naiara: Dona Eliane?! O que está fazendo aqui? - Perguntei.
Eliane: Eu preciso que me acompanhe rapidamente. - Ela disse e eu assenti na mesma hora.
Avisei Victor que ia ao banheiro e depois fui atrás da mesma. Arquiei a sobrancelha curiosa quando percebi que estávamos no subsolo do aeroporto.
Naiara: O que está acontecendo? - Ela apontou para trás de mim e eu virei na mesma hora.
Diego estava alí, bem na minha frente.
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Opostos [Morro]
Teen FictionE se a filha do pastor se apaixonasse por um traficante? #1 lugar no ranking razão 04/01/19 - 28/08/19