white wings • au!cashton

HELL YEAH, BABY!!

AS CENAS DESCRITAS A SEGUIR APRESENTAM CONTEÚDO FORTÍSSIMO E NÃO SÃO RECOMENDADAS PARA PESSOAS COM PROBLEMAS CARDÍACOS.

Quero que todos visualizem comigo a coisa mais esquisita que já me aconteceu até agora. Se você tem problemas cardíacos, mas leu e aceita os termos de uso, então embarque comigo nesta jornada que mais parecerá uma ilusão causada por LSD.

Eu, Calum Hood, o garoto esquisitão que costumava passar as madrugadas tentando falar com espíritos, estou deitado em uma cama-beliche. Ao meu lado, encontra-se a pessoa mais linda desse universo inteirinho! Não quero citar nomes, mas essa pessoa tem lindos olhos verdes, um cabelo vermelho que não é tão macio quanto eu pensava ser e é mais pálido que um urso polar. Tudo bem, direi o nome dele: Amor. Sobrenome: da Minha Vida.

Michael Clifford está fumando maconha. Não me importo com isso. Ele tem um sorrisinho débil nos lábios e mantém os olhos fechados enquanto tenta argumentar sobre o assunto que começou — não faço a menor ideia do que ele está falando, portanto só concordo de tempos em tempos; estou ocupado demais apreciando cada detalhe seu bem de pertinho. Observo que ele tem uma pequena cicatriz em cima de uma das sobrancelhas e o interrompo para questionar sobre ela.

Do outro lado do quarto, está meu anjo da guarda. Sim, esse mesmo, aquele que caiu do céu um dia desses. Ashton está sentado no chão, as costas escoradas na cama king size. Ele não consegue manter os dentes na boca quando debate animadamente sobre bandas da atualidade. É claro que ele não está falando sozinho. Luke Hemmings, um dos garotos mais populares (e também o segundo mais bonito) da escola, aquele que está sempre dando as festas mais reservadas e que mantém um grupo seleto de amigos íntimos, está encantado por ele. É como se tivesse encontrado sua alma gêmea — Luke escuta atentamente cada palavra de Ashton, seus olhos brilham quando o anjo conta sobre cada show que já esteve.

O interessante é que Luke é hétero, mas será que há exceções?

Recapitulando: eu, o amor da minha vida, meu anjo e um raio de sol estamos num quarto que vale mais do que a minha casa inteira, fumando maconha e escutando All Time Low.

Acho que errei lá no início. O conteúdo fortíssimo não é recomendado apenas para mim mesmo, não para cardíacos. Estou passando mal só de pensar na enorme reviravolta que o destino deu. Sério, tenho muito a agradecer ao Cara Lá de Cima.

Sempre soube que Michael e eu estávamos destinados a ficar juntos e saber que estou caminhando diretamente para isso me deixa emocionado. A sensação que tenho é de que tudo está certo, em seu devido lugar. Sinto que minha vida está finalmente entrando nos trilhos, é como se tudo o que fiz antes disso tivesse sido com o propósito de me levar diretamente a este momento.

— Sabe, — diz Michael subitamente. Ele abre os olhos lentamente, esboçando um sorriso preguiçoso. As orbes verdes encontram meus olhos cor de café e eu não posso evitar as borboletas que fazem a festa em meu estômago. — sempre te achei um fofo.

Meu coração dispara. As borboletas agora dançam ao som de alguma música eletrônica, dentro de uma montanha russa em movimento. Meu estômago dá saltos inimagináveis. Sinto que vou vomitar, mas seria tão constrangedor quanto Cady Heron vomitando em Aaron Samuels naquela cena de Mean Girls. Sempre achei que tivéssemos algo em comum, mas agora quero manter esta ideia bem longe de minha mente.

— Sério? — pergunto. Não consigo acreditar que Michael já tenha reparado em mim nesse sentido.

A risada escapa de seus lábios juntamente com a fumaça. Eu tusso e, imediatamente, Michael se desculpa, deixando o baseado de lado. Ele está trocando a chance de ficar ainda mais chapado apenas para ter uma conversa comigo! Surreal.