Ela saiu de casa, sem dizer para onde ia, três meses depois foi encontrada morta.
Ao descobrirem que o corpo de Mariana foi identificado próximo às margens de um rio, boiando, todos da vizinhança emudeceram.
Mariana era alcoólatra, antissocial, não...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os cães latiam alvoroçados no meio da mata úmida e escura, eles haviam encontrado alguma coisa próxima à margem do rio. Um guarda-chuva quebrado e com sangue. Peguei ele da boca de um dos cães e coloquei dentro do saco plástico para possíveis evidências. Minutos depois, mais latidos e um novo alvoroço.
Sargento Miller gritou de longe:
- Encontraram alguma coisa!
Todos seguiram para a margem do rio. A água estava escura, mas podia se ver algo boiando. Um corpo. Seria o de Mariana? Alguns queriam que não e muitos sim.
Os mergulhadores entraram na água e trouxeram o corpo para a margem. As luzes dos faroletes iluminavam o corpo já em estado de decomposição e enrugado. Colocaram o corpo aos nossos pés e Agentes Forenses passaram a trabalhar.
Colocaram o corpo dentro de um saco prata térmico e o levaram em uma maca para dentro da ambulância. Não dava para saber se era Mariana, o rosto estava desfigurado. Alguém não queria que descobrissem sua verdadeira identidade tão cedo.
Segui para a minha viatura enquanto repórteres aproximavam-se da cena e passavam a questionar qualquer um que estivesse ali. Quem era que os chamava para aparecer nesses lugares de repente? Detestava dar entrevistas, ainda mais sobre a minha meio-irmã morta.
Liguei o carro e segui para a delegacia. Mariana não era minha irmã de sangue, na infância vivíamos na mesma casa, tínhamos os mesmos pais. Mas eu era o adotado e ela a filha legítima. Nós, a medida do possível, nos dávamos bem.
E agora com ela morta, enfim poderia voltar para casa em paz.
---
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
