Strange conversation

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Espero que gostem...
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Megan Cooper P.O.V

19 de Abril de 2018

20:30 p.m
               
Los Angeles - Estados unidos

Mais um dia normal no trabalho, sem nenhuma novidade, é sempre a mesma coisa, e daqui a três dias começa as aulas da faculdades, aí mesmo que eu não vou ter tempo para me divertir. Saiu da lanchonete e avisto um carro preto parado do outro lado da rua, vou em direção ao mesmo e quando estou bem perto o vidro abaixa.

- Entra. - Ryan disse e dou a volta no carro, entrando no lugar do carona.

Fomos até o bar em silêncio, apenas escutando a respiração um do outro.

- Chegamos. - Ele disse e saímos do carro indo em direção a entrada do bar.

Ao entrar, avistei Trevor atrás do balcão atendendo os clientes.

- Trevor. - Chamei o mesmo vendo ele me olhar surpreso.

- Megan, quando tempo. - Ele disse atravessando o balcão e vindo até mim, me dando um abraço apertado. Era tudo o que eu mais queria.

- Só alguns dias, não exagera. - Disse rindo quando ele me soltou do abraço.

- Mesmo assim, temos que marcar um dia pra botar as conversas em dia. - Ele disse e eu concordei com a cabeça. - Como está a Cassie?.

- Louca como sempre. - Eu disse revirando os olhos.

- Aquela ali não vai mudar nunca. - Ele disse rindo.

- Não mesmo. - Disse rindo.

- Então Megan, vamos. - Ryan disse interrompendo a conversa e eu o olhei concordando.

- Nos vemos depois, até mais Trevor. - Disse e fui até a mesa, não pedi nada, ao contrário de Ryan que pediu uma cerveja.

- Tá tudo bem?. - Eu perguntei para ele estranhando o comportamento do mesmo. Eu não o conheço muito bem, mas a postura dele está estranha, ele está estranho, não sei muito bem como explicar.

- Sim, porque não?. - Ele disse normal e eu preferi não prolongar esse assunto.

- Nada não, então, vamos direto ao ponto. - Eu disse já cansada, o dia no trabalho foi corrido e eu só queria chegar em casa, comer e dormir.

- Me conta tudo, desde o começo. - Ele disse sério.

- Como eu disse antes, eu estava voltando da casa da Cassie, eu sempre faço o mesmo caminho, mas nesse dia já estava tarde, a gente se empolgou e eu resolvi pegar um atalho, o que foi uma péssima ideia. - Eu disse e dei uma pausa, respirando fundo para continuar. - O atalho que escolhi era uma rua que de dia é bem movimentada, mas a noite ficava totalmente vazia, claro que eu sabia disso, mas mesmo assim preferi seguir em frente, até porque eu chegaria em casa mais rápido. Estava andando, até que ouvi passos atrás de mim, olhei pra trás disfarçadamente e percebi que estava sendo seguida por um homen, e o mesmo estava bêbado. Eu me apavorei na hora, não sabia o que fazer, e então resolvi correr, porque pra mim era a melhor das alternativas, mas ele correu atrás de mim. - Dei outra pausa para recuperar o fôlego e continuei. - Eu estava olhando para frente, pra ver se não iria bater em algum poste e também para trás, pra ver se o homem não estava me alcançando, e isso foi um grande erro lógico né, quando eu olhei pra trás, pra ver o homem, escutei uma buzina e quando olhei de volta para a frente eu quase tinha sido atropelada, eu não tive tempo para raciocinar o que tinha acontecido, então eu nem liguei e continuei correndo, também nem me ligando que eu poderia ter pedido ajuda para a tal pessoa que quase me atropelou, na hora eu não pensei nisso. - Disse rindo, eu fui muito burra mesmo, mas na hora você não tem muito o que pensar. Ryan só escutava e me olhava atentamente, parecia que ele estava em outro mundo e espero que ele esteja prestando atenção, porque caso ao contrário, ele me paga, não estou falando isso porque eu quero e sim porque ele insistiu muito, eu poderia estar na minha linda e macia cama, dormindo e não incomodando ninguém, mas não, eu estou aqui com ele, então faça o favor. - Depois de quase ser atropelada, eu continuei correndo, mas o homem conseguiu me pegar, eu tentava me soltar mas foi em vão, até que uma pessoa apareceu... - Eu ia continuar, mas ele me interrompeu.

- E essa pessoa é o Justin. - Ele disse adivinhando e eu concordei, ainda bem que ele está prestando atenção.

- Sim, ele me ajudou, e falou pra eu entrar no carro, eu estava insegura, não conhecia ele, mas resolvi entrar, ele tinha me ajudado, não iria me machucar. - Eu disse e ele soltou uma risada irônica, como se eu tivesse falado uma piada, foi aí que eu me lembrei do dia do assalto, ele me salvou daquele homem nojento, mas um mês depois me bateu, vai entender. - Então, continuando, eu entrei e comecei a agradecer por ele ter me salvado, mas parecia que ele estava de mal humor, porque começou a me xingar, lógico que eu não fiquei calada e ele se irritou e falou pra mim sair do carro, eu fiquei confusa, ele me ajuda e depois me joga em uma rua como se eu não fosse nada, fiquei até me perguntando se ele tinha algum tipo de problema ou sei lá. Eu resolvi não falar nada e sai do carro. - Eu disse terminando.

- Uma história e tanto né. - Ele disse se ajeitando na cadeira.

- Pois é. - Eu disse sem jeito, ele parecia um psicólogo e eu a mulher que precisa de ajuda, chegava a ser engraçado a situação.

- Nesse dia o nosso carregamento tinha acabado de ser roubado e o Justin estava furioso, foi até surpreendente ele ter parado para ajudar você, o Justin que eu conheço não iria fazer isso. - Ele disse e eu o olhei meio aterrorizada, que tipo de pessoa não ajuda a outra em uma situação de apuro?

- Credo. - Eu disse baixo mas ele escutou.

- Credo não Megan, você não conhece ele e nem queira conhecer, ele pode ser meu melhor amigo, mas isso que ele fez com você no dia do assalto não chega nem perto do que ele já fez e é capaz de fazer.

- Porque você está me contando isso, sendo que nem me conhece direito?. - Perguntei duvidosa.

- Só pra você fica ciente que se trombar com ele novamente, não o desafie, não enfrente ele, porque isso vai prejudicar não só a você como a todos que você conhece. - Ele disse sério.

- Obrigada pelo aviso, mas se depender de mim, eu não quero ver ele nem pintado de ouro. - Eu disse irônica. - Mas só uma pergunta, você tem medo dele?.

- Chega de papo por hoje, vou te levar pra casa. - Ele disse se levantando.

- Só pelo jeito que você ficou, eu já sei a resposta. - Disse me levantando também.

- Você não sabe o que está falando.- Ele disse voltando até mim.

- Então me responde. - Eu disse o enfrentando, ele falou que não é pra mim enfrentar o Justin, não ele.

- Não é medo Megan, é respeito, eu conheço ele a anos e sei muito bem o que ele é capaz de fazer, ao contrário de você, então se liga, esse tiro que você levou não chega nem perto do que ele pode fazer, você deu um soco na cara dele e sabe quantas pessoas fez isso e saiu viva pra contar história? Nenhuma Megan, você foi a primeira, e eu nem sei como, ele devia estar de bom humor ou é capaz de fazer algo quando você menos esperar, e o pior de tudo nisso é que eu não vou poder fazer nada, nem se eu quisesse. - Ele disse ignorante, pagou a conta e foi em direção a saída, comigo o seguindo.

O trajeto foi em um silêncio perturbador, não trocamos uma única palavra até chegar ao prédio.

- Está entregue. - Ele disse sério e eu apenas sai do carro indo em direção a entrada. - Megan?. - Escutei ele me chamar e olhei pra trás. - Cuidado. - Ele disse e sai cantando pneu e eu apenas engoli seco e fiquei lá tentando digerir tudo o que aconteceu. Se eu disser que não fiquei com um certo receio com o que ele disse, vou estar mentindo, eu vi o olhar do Justin naquele dia do assalto, estava escuro, sem vida, parecia que ele estava pensando em um jeito de me matar lentamente ou até mesmo pra ele, estava me matando lentamente com apenas um olhar, e esse mesmo olhar era de um psicopata, e eu não estou afim de vê-lo novamente.


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