Alícia desde pequena tem muitos pesadelos, é uma menina curiosa que investiga todos os crimes que ocorrem em sua cidade( o que ela acha que causa seus pesadelos). E as investigações sempre são feitas junto de Mallya, sua melhor amiga.
Porém, no caso...
- E por que eu estou com a leve impressão de que isso realmente te assustou e muito? - Perguntou a Mallya e eu respirei fundo tocando meus dedos na madeira da porta, estava gelada e minha mão tremia. - Por que eu sonhei com aquela boneca, foi um pesadelo na verdade. - Contei e escutei a Mallya praguejar. - Ela que venha então, vou fatia-la. - Declarou Mallya me mostrando que já estava com a katana e eu abri um sorriso. - Pensei que tivesse problemas com bonecas encapetadas de porcelana. - Comentei caçoando e a Mallya me lançou um olhar reprovador. - Um pouco. - Comunicou, agora dava pra enxergar um pouco, não havia tanta claridade e nem clareza no local, mas onde estávamos dava pra ver a silhueta dela pela claridade que vinha da fechadura da porta, e as frestas. Me abaixei e olhei dentro do buraco da fechadura para ver o que havia do outro lado. Tinha uma ponte de ferro e madeira, árvores a cada lado e ao fundo, quando atravessava a ponte haviam mais árvores a ponto da escuridão tomar tudo que havia por ali. Me levantei e a Mallya foi ver o que havia, e então quando se levantou eu já estava com meu canivete na mão. - Vamos destracar a porta? - Perguntei e ela assentiu pegando o canivete na minha mão e se voltando pra porta, enquanto isso eu segurei a arma com firmeza, olhando o chão ao redor e as estantes do corredor, analisando se possívelmente alguma coisa poderia aparecer. Mas bem no fim a Mallya abriu a porta e nada apareceu. - E agora? A gente vai lá explorar? - Perguntou ela ao abrir totalmente a porta e eu olhei para a ponte, e as árvores, eu sabia por que ela estava perguntando antes de tomar a decisão, estava escuro, a noite já havia caído, e a iluminação que se fazia presente era de postes, um no lado esquerdo da ponte e o outro do lado direto. Eles iluminavam bastante a ponte, e até um pouco da porta pra dentro do local onde estávamos, mas não o suficiente para dissipar a escuridão que se formava do outro lado da ponte. Não o suficiente para conter o meu medo de investigar no escuro. - Não estou amarelando, mas não sei o que pode ter lá. - Comentei vasculhando com os olhos cada canto do local. - Quer deixar pra amanhã quando estiver durante o dia? - Propôs Mallya e eu ia responder, mas de repente vi alguma coisa se mover na escuridão, um mínimo movimento, mas suficiente para que meus olhos percebessem que havia alguém do outro lado, nos observando. - Mal... - Começei a chama-la mas não deu tempo, a criatura saiu das sombras, com uma foice na mão esquerda, os cabelos levemente caindo na frente dos olhos, uma menina, sem a parte debaixo de seu corpo. E que enquanto andava se arrastando pela ponte com pressa fazia um barulho horrível com os cotovelos. Teke-teke-teke-teke-teke.
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- Sujou! - Consegui gritar e saquei a arma, meu coração disparou adrenalina nas minhas veias, comecei a atirar enquanto ela vinha pra cima, dei três tiros no meio da testa dela, mas ela não parou, parecia imune as balas. E continuou vindo com uma rapidez assustadora. Recuei pra trás, cambaleando em passos quase congelados pelo medo. A Mallya segurou meu braço me ajudando a recuar pra trás e segurou a katana com mais firmeza na outra mão, se preparando para agir assim que a teke teke pulasse pra cima, meu coração saltou na garganta, e eu senti minhas pernas cederem de tanto pavor, ela estava chegando mais perto, meu nervos travaram, cai pra trás disparando todas as balas que tinha na arma e quando enfim a teke teke chegou perto o suficiente e pulou, a Mallya gritou, meu coração saltou na garganta e meu grito morreu na garganta, e então alguém fechou a porta com força. Batendo ela abruptamente, e deu pra escutar quando a teke teke bateu contra a porta ficando do lado de fora. E do lado de dentro com a gente quem tinha ficado era o Wonho. Bem bravo. Meu coração estava explodindo no peito quando eu me permiti cair de uma vez no chão e tentar recuperar o fôlego perdido. - Essa foi por pouco! - Exclamou Mallya exaurida e eu gemi alguma coisa em resposta, sentindo meu estômago embrulhar a ponto de me fazer sentir ânsia. Eu estava toda arrepiada de medo. Me virei de lado e tentei recuperar o ar que havia fugido de meus pulmões, mas meu medo era tanto que eu não estava conseguindo respirar direito, o ar tinha ido embora e não queria voltar, parecia os meus pesadelos, quando eu perdia minha capacidade de respirar. Comecei a entrar em pânico e coloquei as mãos na garganta tentando recuperar o ar. - Alícia. - Mallya me chamou preocupada e colocou as mãos nos meus ombros, e então Wonho começou a se aproximar - Alícia! - Disse Mallya alarmada e Wonho me pegou pelos braços. - Alícia olha pra mim, respira, tá tudo bem agora. - Ele começou a dizer me fazendo sentar no chão e eu tentei puxar o ar, mas ele não estava vindo, eu estava entrando em desespero e meu coração parecia que ia literalmente explodir de tanto que acelerava - Alícia, puxa o ar e solta devagar. - Instruiu Wonho, e eu começei a chorar, o ar não vinha, só ia embora cada vez mais.