30.05.18 - Quarta

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De: zakrod98@gmail.com
Para: isa.sk8.2010@hotmail.com
Assunto: Migração enfadonha


Oi amiga, boa noite!

No tempo em que não estive trabalhando no escritório, eu estava em casa estudando... =__=

E antes que pergunte, a resposta é: "Não, eu não vou fazer vestibular junto com o Nicolas". Acontece que o pessoal do escritório quer que eu aprenda umas coisas, então estou lendo uma porção de apostilas aqui. Umas que eles mesmo forneceram, e outras que estou procurando na Internet.

Lembra aquele teste (de cadastrar cliente) que eu tive que fazer na sexta passada, no dia da entrevista? Então, estou tendo que fazer mais ou menos aquilo mesmo. Me colocaram numa mesinha meio desajeitada e minúscula (todas as mesas decentes estão ocupadas por funcionários mais importantes), e me deram um desktop das antigas para fazer um trabalho que necessitaria de certa agilidade. Mas beleza... Deu pra notar que não tinha outro jeito, mesmo.

O pessoal lá está esses dias numa correria com coisas de clientes maiores (em parte por causa das greves), e esse trabalho de migração para o digital dos clientes antigos ficou para mim. E é claro: eu tinha um prazo para terminar tudo. Tanto na segunda-feira quanto ontem e hoje precisei ficar no escritório até bem mais tarde que o horário de expediente, senão eu não conseguiria dar conta.

O prazo era hoje, por isso dividi todos os clientes em três pilhas (enormes) de papéis e corri para terminar a tempo. Eu só vim embora no horário normal hoje porque o segurança do prédio está começando a encrespar com minha presença até tarde lá (estava tudo tão vazio que fazia até eco enquanto eu digitava).

No fim das contas, eu QUASE terminei tudo hoje. Ainda faltam algumas coisas, mas amanhã termino.

O foda é que eu não fiquei em trabalho contínuo, ali. Eu parava o tempo todo porque pediam café (o Soares, nosso supervisor, viu que eu sou o novato e ficou pedindo, achando que eu estava à tôa), e uma das funcionárias, uma contadora toda chique (mas ela é importante, lá) me pediu duas vezes para eu ir até o banco pagar umas contas e também para pegar o almoço dela num restaurante.

Ter que ficar parando o fluxo de trabalho é um saco.

Eu entrei de assistente, e até sei fazer bem o que me incubiram (a migração enfadonha, lá), só que tenho que fazer o que pedem, né... O salário não é um sonho, mas com o que vou ganhar vai dar até para começar a mobiliar minha casa (quero muito uma mesa e um sofá).

A Jaqueline me perguntou como estou indo. Eu não contei para ela da mesma maneira que contei a você. Só disse que é puxado, mas que está ótimo. É que não quero parecer ingrato, nem reclamão. Eu sei que trabalhar numa empresa não é um mar de rosas, então... O que eu tenho que fazer é calar minha boquinha mesmo, e ser grato à Jack.

E eu sou. De verdade. Mas você é minha amiga confidente, a única para quem falo tudo o que penso, por isso que acabo falando mais do que devia nesses e-mails, hehe...

Mas, sabe de uma coisa? Esses três dias me fizeram bem. Mesmo com o pessoal folgando em cima de mim, pedindo para eu sair do meu foco o tempo todo, é como se eu estivesse me conhecendo melhor. Estou percebendo que sou mais capaz do que eu imaginei a princípio (focar em várias coisas, ter que receber ordens, sorrir para pessoas de mau-humor, ser interrompido, ter que voltar a se concentrar mesmo com um monte de gente falando na orelha... foi um desafio diferente).

E isso é muito bom!

Ah, um segredinho à parte: quando fui hoje pegar o almoço da Marja (a contadora fodona, lá) aproveitei para passar no Via Colina (que fica somente a um quarteirão de distância do restaurante em que peguei a marmita), e fiz isso com o pretexto de pegar alguma coisinha para comer. Mas acabei vendo o Nicolas (que era meu verdadeiro objetivo). Ele estava no caixa, e tinha um monte de gente na fila (está parecendo apocalipse, tudo acabando nas prateleiras), mas mesmo assim senti aquela eletricidade extra quando ele olhou pra mim.

Foi assim: ele estava todo concentrado, passando as compras de um cliente, e estava todo simpático com o cara, e talz... Mas quando ele me viu na fila, pareceu surpreso e muito feliz de repente. Eu tentei segurar meu coração, mas ele grita lá no peito que aquilo não é por acaso... Ai, Deus... Eu tenho que parar de imaginar coisas. Eu insisto em avisar a mim mesmo que é somente impressão minha, mas EU SINTO que ele me olha diferente das outras pessoas. Eu notei, porque tinha mais gente lá, e eu tive a comparação. Eu não quero descobrir que estou doido, e imaginando coisas... Mas o Nicolas parece me olhar SIM com um sorriso diferente.

Não deu para conversarmos nada (eu tinha só dois itens, era rápido), mas ele me parabenizou pelo emprego.

Preciso dizer que voltei radiante para o escritório? Pois é, hehe... Basta uma dose de Nicolas para eu ficar energizado.

Por mim, a Marja pode me pedir o almoço todos os dias, porque sempre que ela fizer isso, passarei no Via Colina para pegar um lanchinho, e visitar o cara mais incrível que existe. Aquele loiro acobreado, com o sorriso de canto de lábio mais sexy EVER... Meu "Leon S. Kennedy"... =)

Bom, eu ia voltar aos estudos depois deste e-mail (as apostilas de contabilidade, etc), mas... Perdi o ímpeto. =P

Estou vendo isso há três dias no trabalho (e estudando a respeito há duas noites, aqui em casa), então acho que mereço um pouco de StarCraft, né?

É. =)

Então... Bóra pegar mais ranking na liga, e passar uns noobs para trás.

Boa noite, amiga! ^_^


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