23 de Setembro, 2018 - Domingo (03h42)

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Já pensou em desenhar seus personagens favoritos?

E até criar umas cenas hot, quem sabe... 😏


Recomendo que dê uma olhada na dica ao final deste capítulo 😍


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23 de Setembro, 2018 – Domingo (03h42)


De: zakrod98@gmail.com
Para: isa.sk8.2010@hotmail.com
Assunto: Acho que ferrei com tudo


Sou um lixo de ser humano. Não tenho mais nem o direito de falar da Sônia...

Amiga... Eu vou contar o que aconteceu, mas preciso que saiba que me arrependo até minha morte... Eu não estava em mim quando fiz aquilo. Não era eu, ali... Não era...

Ontem à noite, você sabe, a Hellen comprou umas coisas... Ela colocou uns clipes de música na TV, e parecia que tudo ia ser de boa. Acabei tomando uma caipirinha que ela fez com leite condensado, e acho que isso me deixou falante demais. Sei lá, eu comecei a contar que estava frustrado com o Nicolas... Merda, para quê falar isso? Aí ela acendeu um cigarro, mas não era um comum... Era de maconha, então ela disse para eu provar.

Falei que não queria, mas ela insistiu, e como eu já estava meio estranho por conta do álcool...

Ah, meu Deus... Fui tão imbecil...

Na hora a sensação foi boa. Parecia que tudo em volta vibrava, e fiquei relaxado. Por um momento eu nem olhava mais para a Hellen, mas sim para o lustre da sala. E acabei tomando mais... E fumando mais...

Que ódio... Que ódio, porra! Dessa vez não dela, mas de mim! Ah, que merda, por que fui fazer isso? Eu sei que sou fraco para essas merdas, então por que? Inferno!

A Hellen ficou falando para eu pensar nele, e nessa hora o Nicolas veio em minha cabeça. Parecia até que eu estava sentindo o perfume dele. Agora sei que é coisa da minha cabeça, mas... Eu juro... Naquele momento pareceu tão real sentir ele ali, o perfume, e as mãos dele me tocando.

A última coisa em que prestei atenção foi quando ela disse: "Fique de olhos fechados... Isso, imagine que seu gato tá aqui... Essas mãos são as dele".

E eu traguei mais vezes. Nem sei quantas, amiga... Mas o suficiente para que a presença do Nick fosse real. O bastante para eu me lembrar de como havia sido tratado nos últimos dias, como um buraco para alívio de estresse. O bastante para que a dor por ter sido afastado das questões importantes dele viessem à tona. Me droguei e bebi o bastante para não me importar quando fui vendado com um pano preto.

Sim, eu estava muito chapado... Ela continuou falando, como se narrasse o que meu namorado estava fazendo. E eu ia sentindo cada uma das coisas, e quando minhas calças foram abaixadas eu nem liguei porque, de alguma forma que agora não sei explicar, parecia plausível que o Nicolas tivesse atravessado centenas de quilômetros por mim, para me buscar e pedir desculpas. Parecia plausível, amiga, mesmo agora eu sabendo o quão absurdo era...

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