Ayla Stefanih nunca teve sorte na vida, desde cedo teve que batalhar para sobreviver. Órfã e sem ninguém para amá-la, pois, viveu em lares adotivos, até completar maioridade, sem nenhuma perspectiva de vida buscou uma forma de sobreviver em uma cida...
Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada.
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Ao acordar, a primeira coisa que sinto são as dores no meu tornozelo, a cada fisgada, faço uma careta de dor. Com muito cuidado sento-me na cama, verificando se enquanto eu dormia um pedaço do teto tinha caído no pé, só assim explica a dor que eu sentia. Mas, para minha sorte ou não, o teto estava no lugar, o problema era que o tornozelo parecia estar o dobro do tamanho, em vários tons de roxo.
Passei alguns minutos pensando no que eu ia fazer, não tinha como levantar sozinha com meu pé naquela condição, só de mexer meus dedinhos a dor aumentava. Mantive-me imóvel, a espera que alguma idéia brilhante surgisse me dando uma luz do que fazer naquele momento, com o quarto todo escuro, e sem ter a menor idéia de que horas seria, esperei por você.
Após não sei quanto tempo um barulho vindo do corredor me assustou, olhei na direção da porta, ansiosa para saber quem havia vindo ao meu resgate. Alguém adentrou cantarolando uma canção que não conseguia identificar, a melodia parecia algum pop recente ou até mesmo uma canção de ninar. Uma garota que aparentava ter a mesma idade que eu, um pouco mais alta com olhar expressivo cor de amêndoas, cabelo cheios de cachos emolduravam seu rosto delicado, seu sorriso se ampliou ao me ver , ela parou no meio do quarto, quando percebeu que eu a fitava a todo momento.
- Desculpa, não queria acordá-la. Só vim ver se a senhorita precisava de alguma coisa. Chamo-me Angel, trabalho para o Sr. Evans. – Ela disse com uma voz delicada e gentil, se aproximando para perto da cama.
- Prazer, sou Ayla. – respondi, receosa por não conhecê-la.
- Vim mais cedo vê-la, mas a senhorita dormia tranquilamente. – seu jeito meigo me transparecia calma, o que ajudou a não entrar em pânico por saber que ela esteve no quarto sem que eu percebesse.
Bem nesse momento meu tornozelo resolveu dar sinal de vida, senti uma pontada que parecia rasgar minha perna. Como forma de tentar amenizar a dor, coloquei a mão sobre a coxa, com uma expressão de agonia, segurando um gemido de dor.
- Tudo bem? – Angel se aproximou preocupada, olhando de mim para minha perna sem notar o meu pé do tamanho de uma bola de basquete.
- Meu tornozelo dói muito, principalmente quando movo minha perna, enquanto eu dormia, ao que parece, dobrou de tamanho. – expliquei enquanto alisava a perna na esperança da dor cessar. - O Chris mandou você ver se eu já tinha acordado?
Pelo o tanto que eu tinha dormido, provavelmente o dia todo, você já deveria estar se perguntando quando eu iria embora da sua casa.
- O Sr. Evans não se encontra em casa, teve que ir cedo para Boston. Tudo o que ele nos informou foi que tinha uma hóspede e deveríamos estar a sua disposição caso você precisasse. – Ela dizia me olhando, como se esperasse alguma instrução da minha parte, eu não sabia o que fazer, era muita gentileza sua se preocupar com meu bem estar.