Capítulo 6

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"Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim."

 Querido Chris

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 Querido Chris.

  Vamos lá continuar a contar minha historia a você, estou imaginando se até agora seu ódio aumentou ou continua o mesmo? Não importa, não na situação que me encontro, nada que eu diga ou faça mudará tudo que fiz e como te decepcionei, eu sei, fui uma grande covarde. Fique atento as próximas linhas, há muito que contar, senta e embarque na minha tortura, pois você não sabe como é difícil relembrar todos os momentos que tivemos juntos e saber que não poderei compartilhar minha vida com você.

Como em todos os dias, Angel e eu assistíamos a um filme na TV, ela dizia que gostava de me fazer companhia, após terminar seu trabalho na casa, ela permanecia comigo no quarto até dar a hora de ir para sua casa. Na metade filme parei de ouvir os comentários dela sobre a beleza do personagem principal, e suas lamúrias de um dia encontrar um cara tão lindo quanto o do filme e viveria uma linda história de amor, como eu queria que a vida fosse simples assim, mas a realidade era muito diferente dos filmes.

A minha então, estava mais para uma história de terror, eu me sentia como a burra da mocinha que fazia todas as escolhas erradas, dando chance para o assassino lhe enfiar a faca no peito.

Era incrível como que, com tantos problemas, sem ter idéia de como estaria minha vida daqui para frente, você não saía dos meus pensamentos, tudo que eu queria era poder vê-lo a cada instante, eu sei, rápido demais, em minha defensa tentei mesmo não pensar em você dessa forma. Sempre que você ia me ver para saber como eu estava, meu coração tolo tinha esperança que meus sonhos bobos se tornassem realidade, que todas as suas ações em relação a minha pessoa fossem por você, talvez sentisse algo por mim, além de culpa ou pena.

Sem dar atenção a Angel, levantei devagar, com ajuda da bota ortopédica que eu passei a usar depois que o inchaço diminuiu. Andei para a janela, olhei para o céu claro com poucas nuvens, por alguns instantes me perdi em toda aquela imensidão azul. Até desviar minha atenção ao verde lá em baixo, desejava poder andar pelo jardim, sentir a brisa no rosto, eu não saía do quarto desde o dia que você havia me trazido para sua casa, e, mesmo com toda a mordomia que o quarto me proporcionava, me sentia entediada ali dentro, mas eu não queria que você achasse que eu era ingrata por estar reclamando de toda a sua ajuda, eu só queria aproveitar um pouco da minha liberdade, enquanto eu me sentia segura em sua casa.

- É uma bela vista, não. – pulo com o susto, Angel surgiu ao meu lado silenciosamente, ou eu estava tão pedida nos meus pensamentos que não havia percebido ela parada ao se juntar a mim, observando o jardim.

Em quase duas semanas como hóspede, não tive a chance de desfrutar da beleza que era o jardim. O verde em meio às cores das flores e rosas parecia sair de um conto de fada. Tudo que eu podia ver da cama ao olhar pela janela era o céu azul durante os dias, e a mescla de cores no fim da tarde, antes de se tornar totalmente escuro, e a lua junto às estrelas enfeitá-lo durante a noite.

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