Ayla Stefanih nunca teve sorte na vida, desde cedo teve que batalhar para sobreviver. Órfã e sem ninguém para amá-la, pois, viveu em lares adotivos, até completar maioridade, sem nenhuma perspectiva de vida buscou uma forma de sobreviver em uma cida...
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
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Mantive-me de olhos fechados, não querendo encarar a realidade, em meus sonhos minha vida era perfeita, sempre que eu imaginava você fazendo parte dela. Deixei de lado qualquer preocupação relacionada à minha vida e todas as escolhas das quais teria que fazer. Desde que deixei a boate naquela noite, minha vida tomou um rumo incerto, tudo que eu fazia era seguir a correnteza sem ter idéia de onde as águas turbulentas me levariam.
Mas uma coisa eu não podia negar, de alguma forma, desde que te conheci, um sentimento surgiu em meu peito, por mais que eu tentasse ignorar esse sentimento, com o passar dos dias ele se tornava mais forte. Mesmo sabendo que eu não deveria criar qualquer ilusão quanto a nós dois, depois da forma que você me olhou naquela tarde, com o olhar cheio de desejo, meu corpo junto com meu coração se negava a te esquecer.
Só que o fato de você sentir desejo por mim não significava que houvesse sentimento da sua parte, pois podemos sentir atração sexual por uma pessoa sem ter sentimento pela mesma. Eu era a pessoa que mais tinha conhecimento sobre desejo, pois em meu antigo trabalho, muitos caras nos queriam apenas para saciar suas necessidades, nos usava sem se importar com nossos sentimentos. Não pense que estou te comparando aos caras que iam à boate, longe disso, você me mostrou o quanto você era decente com um coração enorme, pronto para ajudar qualquer um que precisasse de você. O que era o meu caso, tudo que você sentia por mim poderia ser atração, ou eu fantasiei tudo, minha mente me pregando uma peça, eu não descartei essa última opção.
Eu era a única ali criando uma ilusão, alimentando um sentimento que jamais seria correspondido, ainda mais quando você soubesse quem realmente eu era de verdade. Continuei alimentando aquele sentimento com ilusão, naquele mesmo dia descobri que talvez eu estaria errada quanto ao seu sentimento por mim.
Depois que voltei para o quarto eu me encontrava dividida entre a razão, porque eu sabia que jamais seria a pessoa certa para você, e meu coração que pedia desesperadamente por você. Contrariada comigo mesma, resolvi relaxar, nada melhor do que uma hidromassagem para aliviar meus tormentos. Aproveitar enquanto eu tinha essa mordomia a minha disposição.
Despindo-me, entrei na banheira relaxando assim que os primeiros jatos de água entraram em contato com meu corpo, permaneci ali, tentando não pensar em nada que pudesse acabar com meu momento relaxante.
Acho que depois de um tempo eu tenha adormecido, pois acordei com o som da porta do quarto sendo aberta, logo depois, passos. Em silêncio esperei por quem quer que seja, não fiquei surpresa quando Angel adentrou o banheiro a minha procura.
- Por quanto mais tempo você pretende permanecer nessa banheira? Daqui a pouco estará tão murcho quanto um maracujá velho, desidratado.
Nossa às vezes ela pegava pesado, me fazendo ter dúvida se a doce Angel realmente existia, só as vezes.
