Ayla Stefanih nunca teve sorte na vida, desde cedo teve que batalhar para sobreviver. Órfã e sem ninguém para amá-la, pois, viveu em lares adotivos, até completar maioridade, sem nenhuma perspectiva de vida buscou uma forma de sobreviver em uma cida...
"Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã."
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os dias se seguiriam em uma tranqüilidade desconfiável, ainda assim ignorei meus instintos para aproveitar a felicidade que vivia. Eu passava a maior parte do tempo com você quando estava em casa, precisava estar a cada momento ao seu lado, antes que partisse a trabalho, e tivesse que ir embora. Sempre arranjamos algo para fazer, um filme nas noites frias enrolados em cobertas no sofá da sala, fazia companhia a você quando tinha algum assunto para resolver no escritório, passava meu tempo lendo, quer dizer tentava, pois você sempre surgia do nada no sofá do escritório com massagens que se evoluíam para amasso e por fim transavamos. Eram dias maravilhosos, que jamais sonhei viver, com o passar do tempo meus sentimentos se evoluíam em uma velocidade absurda.
Em uma manhã, ao acordar, me deparei com café da manhã na cama com direito a uma rosa vermelha, você gostava de me fazer surpresa. Em uma tarde qualquer, estávamos mais uma vez no escritório, eu lia enquanto o observava concentrado relendo o roteiro do próximo filme.
- Já faz alguns minutos que você me olha com essa ruga na testa. O que a incomoda? – você deixou o roteiro sobre a mesa, apoiou o queixo em uma das mãos, a espera da minha resposta.
- Nada. – Desviei o olhar do livro em minhas mãos, o qual eu estava lendo, o drama romântico de Danielle Steel teria que esperar.
- Por que escolheu literatura? – você me observava com atenção.
- Gosto de como a leitura me proporciona a chance de poder viajar para outro lugar sem sair do sofá, de viver aventuras ou um amor com apenas o simples virar de páginas. De vivenciar uma versão de mim mesma em cada história que eu leio. Então resolvi seguir uma carreira que eu realmente ame e que sei que serei feliz, fazendo aquilo do qual sou apaixonada. – falei com uma olhar sonhador.
- É possível perceber sua paixão pelo universo da leitura. É compreensível, sinto assim em relação a atuar. É uma sensação incrível estar em um set de filmagem, poder dar vida a um personagem, a carreira de ator me deu várias oportunidades de viver aventuras, por assim dizer, mas gosto da parte da atuação, todo o resto relacionado a promover filmes, premiere me deixa ansioso, e não gosto dessa sensação.
- Entendo. Mas as duas coisas estão interligadas, a atuação e os holofotes. Você terá que fazer aquilo que você gosta sabendo que em um determinado momento terá que fazer a parte que você não gosta. Só tente focar naquilo que te faz bem e todo o resto será mais agradável de vivenciar. – era o que eu fazia sobre a boate, focava no fato de ter a Miriam ali comigo, alguém para me apoiar. Além do fato que o trabalho do qual eu não gostava me proporcionava um teto sobre a cabeça.
- É o que faço, foco nos meus objetivos, na minha família, ignorando o que me faz mal. Agora eu tenho você, meu motivo para voltar para casa depois de meses cansativos de gravações. – sorri, sem saber se estaria ali quando ele voltasse para casa, mas não disse isso a você. Não sabia quanto tempo duraria nossos momentos felizes, Jacob logo se cansaria de apenas me ligar, minha caixa de mensagem estava lotada de mensagens cheia de xingamentos e ameaças, talvez quando você estivesse de volta eu estaria longe, fugindo do louco que insistia em me perseguir.