Capítulo 28

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"Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você. - Steve Beckman"

 Odiava não ter controle sobre minha vida, de como deixei que as coisas tomassem um rumo irreparável

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 Odiava não ter controle sobre minha vida, de como deixei que as coisas tomassem um rumo irreparável. Eu queria poder voltar no tempo, dizer para o meu antigo eu o quanto estava sendo burra em acreditar no Jacob quando eu o havia conhecido naquela pracinha, acreditar em suas palavras cheias de promessas, em uma falsa bondade. Diria, não acredita nele, ele irá destruir sua vida, te manipular, te manter presa por fios igual à uma marionete, decidindo cada detalhe de sua vida. Mas a culpa não é toda dele, tenho minha parcela de culpa também, fui a única que dei todo esse poder a ele.

Devo ter cochilado em algum momento durante a madrugada, minha garganta arranhava devido ao meu choro e as tentativas de conseguir gritar, na esperança que alguém me ouvisse. As horas parecia não passar, e é ainda pior quando se está em um cômodo sozinha em um completo silêncio, meus demônios tendem aparecer para me atormentar apontando minhas falhas, minha consciência me questiona até onde eu iria em nome de um bem maior, quantos erros ainda iria cometer antes de por um fim, criar coragem para encarar as conseqüências? No escuro daquele do closet desejei nunca ter te conhecido, se eu não tivesse fugido, as coisas teria seguido seu curso. Jacob me entregaria para Bob, somente eu sofreria, Miriam não perderia a vida por me ajudar, e sua filha não estaria em perigo, e você, Chris, teria uma vida com menos complicações, não se decepcionaria quando descobrisse minhas mentiras.

Já sem esperança de ser encontrada antes do dia amanhecer, encostei a cabeça na porta do armário, cansada e com o corpo dolorido, tentando não deixar que minha mente me levasse para mais pensamentos destrutivos. No silêncio, ouço passos no quarto vindo na direção do closet, assim que as luzes se acendem, respiro, aliviada.

- Oh, meu Deus! A senhorita está bem? – Clóvis, um dos seguranças, veio em minha direção, se abaixando, retirando a fita da minha boca. Acenei repetidas vezes sem conseguir falar,uma pontada de dor surgiu rasgando minha costela. – Vou soltá-la e levá-la para quarto.

Depois de me soltar, Clóvis me pegou no colo, saindo do closet, indo para o quarto, com cuidado ele me deitou na cama, saindo em seguida. Havia hematomas no local onde a fita apertou meus pulsos e tornozelos, enquanto esfregava meus pulsos esperando que as marcas vermelhas sumissem, reparei que a TV do quarto havia sumido e que os portas retratos estavam todos quebrados no chão. Clóvis retornou com um corpo de água, me entregando com gentileza, bebi rápido, parecia que eu não via água há séculos, senti um alivio na garganta.

- A polícia está a caminho e os paramédicos. Liguei para o Sr. Evans avisando do ocorrido, ele pediu para avisá-la que estará de volta assim que conseguir um vôo para Nova York. Precisa de mais alguma coisa?

- Não, obrigada. – levei o braço ao rosto tampando meus olhos, estava exausta.

Meia hora depois o paramédico examinou meus hematomas nos pulsos, tornozelos e costelas, nada sério, nada que um repouso e analgésicos não resolva.

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