Ayla Stefanih nunca teve sorte na vida, desde cedo teve que batalhar para sobreviver. Órfã e sem ninguém para amá-la, pois, viveu em lares adotivos, até completar maioridade, sem nenhuma perspectiva de vida buscou uma forma de sobreviver em uma cida...
"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. "
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Em três anos estive imaginando como seria quando eu reencontrasse as pessoas que conheci enquanto estive com Chris. Eu queria saber o que elas pensavam de mim. No dia em que eu fui presa, Angel me defendeu por achar que sua amiga jamais seria capaz de fazer mal a alguém, mas ela estava errada. Vi em seus olhos a decepção e a magoa ao descobrir quem eu realmente era, uma criminosa. Mas até então ela não sabia a história toda, e hoje o que ela pensa de mim? Ainda serei capaz de reatar nossa amizade? Espero que sim, Angel é aquele tipo de pessoa que com apenas um sorriso ilumina seu dia, e alegra sua vida. Diferente de Angel que é um doce de pessoa, Betty é o oposto, com uma áurea séria que não se deixa ser enganada. Exatamente por isso que ela foi capaz de enxergar exatamente como eu era, e que de alguma forma que eu escondia algo.
Então, quando a porta foi aberta revelando uma Betty sorridente eu demorei um pouco para entender se de alguma forma eu voltei no tempo ou se a Betty na minha frente sofreu uma lavagem cerebral, já que não eu nunca recebi um sorriso dela. A segui pelo corredor, parando em uma sala de estar. Olho ao meu redor curiosa, quando meus olhos focam na lareira, há fotos minhas rindo para câmera sentada no Central Park, outro comigo sendo abraçada por Chris com um sorriso bobo nos lábios na sala de estar da casa em Manhattan. Meus olhos se enche de lágrimas ao ver minha garotinha vestida de mini fada no que parece ser o halloween, e ao seu lado Mia, agora mais velha, de abóbora, iguais as que são utilizada na decoração, ela ainda tem o mesmo olhar que me lembra Mirian, sorrio enxugando o rosto.
Nesse exato momento a porta se abre, ouço voz de duas garotinhas conversando.
- O tio Chris chega hoje, Aurora, por isso que voltamos da casa da Vó Lisa. - Reconheço a voz da Mia.
- Mas eu quelia blicar com a Lia. - as vozes se tornam mais claras a medida que elas caminham pelo corredor.
- Você passou a semana toda brincando com a ... tia Ayla? - Mia para ao me ver.
Aurora para de prestar atenção na mais velha, fixando o olhar em mim.
- Mãe! - ela larga a mochila no chão, correndo na minha direção, me abaixo no momento que ela se joga em meus braços.
Não consigo descrever a sensação de enfim poder abraçá-la, de poder estar com ela como sempre sonhei desde que a levaram para o pai. Me afasto, acariciando seu rostinho com sardas salpicada em sua face angelical, seus olhinhos cor do mar me observam.
- Por que ta cholando? - sua voz doce enche meu ser de alegria. Com delicadeza Aurora enxuga meu rosto.
- Só estou feliz por vê-la. Estava morrendo de saudade do meu pequeno anjo. - digo beijando suas bochechas rosadas, acariciando seus cabelos.
- O papai me disse que você estava em um lugar onde não podia sair, por liso não veio me vê.
É difícil explicar para uma criança o porque quê eu estive longe por tanto tempo, então apenas aceno, feliz por estar com ela finalmente. Esperei por esse momento ao longo dos anos e abraçá-la enche meu coração de uma imensa felicidade.