Ayla Stefanih nunca teve sorte na vida, desde cedo teve que batalhar para sobreviver. Órfã e sem ninguém para amá-la, pois, viveu em lares adotivos, até completar maioridade, sem nenhuma perspectiva de vida buscou uma forma de sobreviver em uma cida...
"Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje."
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Passei algum tempo apenas olhando para o teto, tinha sido minha atividade preferida desde que cheguei a sua casa, tornou uma atividade maravilhosa para não se pensar em nada. Queria algum momento em silêncio para saber como sair dessa confusão em que se encontrava minha vida e meu coração. Exasperada, bato os punhos na cama, irritada comigo mesma pela minha burrice, quantas vezes eu disse a mim mesma, não se envolva, apenas fique o tempo necessário até poder ir embora. Mas não, eu tinha que me encantar pelo seu sorriso, seus olhos, seu caráter admirável, esquecendo completamente de proteger meu coração no caminho.
Novamente alguém bate na porta, não podia se ter um minuto de tranqüilidade, tudo o que eu queria era estar sozinha, por os pensamentos em ordem. Depois que eu permiti a entrada, meio a contra gosto, vejo você adentrado o quarto, mantendo seu olhar em mim o tempo todo.
- Tudo bem? – você perguntou, cauteloso. Acenei, sem entender o que você estaria fazendo no quarto.
Caminhando com passos lentos, você sentou na ponta da cama de frente à minha pessoa, posso afirmar que naquele momento eu estava confusa com suas ações. Era difícil saber o motivo de você estar ali, quando você deveria estar com a mulher linda na sala ou em outro cômodo da casa.
- O que houve? Angel disse que você não quis descer.
Ótimo, ela em vez de me ajudar me complicou.
- Meu tornozelo doía, então resolvi permanecer no quarto para não piorar a dor. – Olhei para janela observando o céu escuro sem querer encarar seus olhos enquanto eu mentia, uma mentirinha de nada, ainda assim, uma mentira.
- Entendo. A Scarlett queria te conhecer, devo dizer que pelo tanto que falo de você para ela, a deixei curiosa quanto a sua pessoa. – Ergo as sobrancelhas em confusão, não fazia nenhum sentido você falar de mim para outra pessoa, que importância eu tinha em sua vida para valer seu tempo?
- Por qual motivo você iria me apresentar a sua namorada? – você sorriu da mesma forma quando estava na sala com Scarlett, com as mãos ao peito, e cabeça jogada para trás.
Guardei aquele momento em minha mente, por saber que provoquei uma risada sincera em você. Sua risada era o som que eu queria ouvir para sempre, infelizmente, hoje só me resta a lembrança que se mantém fixada em minha mente, e permanecerá por toda a minha triste existência.
- Então, quando você nos viu na sala, deduziu que ela era minha namorada?
- Como sabe que eu vi vocês dois na sala? – minha mente estava bugando por todos os achismo nessa conversa.
- Eu a vi no andar de cima voltando para o quarto. Por que não quis descer? – Permaneci em silêncio, mexendo nos dedos das mãos constrangida por ter interpretado toda a situação errada, e por ter deixado de desfrutar de um delicioso jantar ao seu lado.
