Acordei atrasada de novo.
Xinguei para ninguém em especial e percebi que eu tinha dormido com a roupa que eu tinha usado para ir para a escola no dia anterior. Troquei apenas a blusa e sai correndo.
Antes que eu pudesse sair, Kat me chamou e eu me virei.
- Você faltou o jantar ontem.
Suspirei.
- Eu sei, é que eu estava com sono e acabei dormindo cedo.
Ela me analisou cuidadosamente.
- Você está diferente ultimamente. Mais...- ela fez uma pausa para procurar a palavra certa- Introspectiva, cansada.
- Eu sei, é a escola s falando nela, eu preciso ir, tchau.
Fechei a porta e sai correndo. Talvez aquela não tenha sido a melhor forma de escapar da pergunta, mas eu estava nervosa e não sabia como responder.
Eu sai correndo e só parei quando cheguei na escola.
- Você está horrível- Cleonina disse assim que me viu.
- Obrigado, um elogio é sempre bom- falei com sarcasmo.
Adrien entrou na sala enquanto conversava com um amigo. Seus olhos azuis percorreram a sala e assim que me viram, o sorriso dele se desmanchou. Eu disse um cumprimento fraco, ele me ignorou e foi sentar do outro lado da sala.
Fiquei um pouco triste, eu sentia a falta dele mais do que eu gostaria de admitir. Eu sentia falta de ficar conversando sobre assuntos banais com pessoas normais e de esquecer que eu não sou uma pessoa normal pelo menos por um segundo. Ele era meu amigo.
Eu tinha que me afastar dele, pela minha segurança, mas eu estava me sentindo solitária. Por cem anos, eu só conversei com Mika e Kat. Eu estava gostando de ir para a escola e conversar com ele e com Cleonina. Eu não me senti solitária por muito tempo, mas eu não tinha com o que comparar. Não lembrava muito da minha vida antiga e nunca fui muito de socializar com outras pessoas.
- Você brigou com ele?- Nina perguntou quando viu minha expressão de desapontada quando ele se afastou.
- Sim- respondi.
- Vocês terminaram?
- Pela última vez, Cleonina, nós não namorávamos.
Ficamos em silêncio.
Quando a professora que estava em sala saiu, eu levantei para falar com Adrien.
- Quando vamos fazer o memorial?- ele perguntou antes que eu pudesse falar qualquer coisa.
Dei de ombros.
- Você pode esse fim de semana?
Ele olhou para o chão.
- Pode ser.
Eu comecei a ficar irritada.
- Isso é realmente sério? Você vai ficar me ignorando?
É, eu falei que ia me afastar dele. Mas eu simplesmente não consegui.
-Onde vamos fazer o memórial?- ele disse e eu me senti completamente ignorada.
- Tudo bem, se não quiser falar comigo, mas eu não tenho culpa de não conseguir acreditar em você.
Ele fingiu que não ouviu. Bufei.
- Pode ser na sua casa?-ele perguntou e eu neguei.
- Não, pode ser na sua?
Ele confirmou com a cabeça.
- Eu sinto sua falta- murmurei. Assim que eu percebi que tinha dito aquilo em voz alta, me virei para esconder minhas bochechas, que provavelmente estavam coradas.
Ouvi sua voz.
- O quê?
- Nada- eu disse e me afastei dele.=)
Oi galerinha!!
Desculpa pelo capítulo estar curto ok? O próximo vai ser melhor, mas talvez eu demore um pouco para postar porque eu estou cheia de trabalho da escola. Vou tentar postar assim que possível ok?
Beijinhos e até o próximo cap!!
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Por trás das ondas
FantasyElizabeth é forçada a se tornar uma sereia em 1900 para que seu irmão fosse poupado da morte. Cento e oito anos depois ela conhece um surfista, Adrien Lacosta. Ela descobre que o garoto é imune ao seus poderes de sereia e planeja ir fundo para desc...