Cap | 03 - Definindo os pontos

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"Nunca teve pretensões de amar e ser amada, embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas sem os problemas do amor. " 

-Gabriel Garcia ( O amor nos tempos de cólera.)

________~Ruby Evans~________

Parei assim que vi o homem enorme parado na minha porta de braços cruzados e me olhando.

Dessa vez eu consegui identificar seu olhar, e confesso que não gostava.

-Que explicação? - suspirei e caminhei até a porta, mas seus braço fechou a minha passagem.

-Não se faça de cínica. - ele curvou seu pescoço para alcançar meus olhos. - Onde você estava?

-Não te devo satisfação, Marcus. - cruzei os braços e encarei o homem de igual para igual.

-Sim, você deve quando você me deixa malditos quarenta minutos te esperando.

Ele me esperou por tanto tempo?

Isso definitivamente foi uma surpresa para mim.

-Você realmente me esperou? - ele passou a mão no rosto e se aproximou ainda mais.

-Não é isso que está em discussão.

-Eu só fiz uma favor a gente.

-Mais que merda você está falando? - seu braço que estava na porta agora segurou meu rosto. - Você transou com ele?

-O que? - Eu não vou responder essa pergunta.

Eu sai do jantar com o cara, mas nada aconteceu. Fomos para um bar e bebemos algumas bebidas, mas por um motivo desconhecido eu não fui até o fim.

-Sinceramente não estou vendo sentindo nisso tudo. - sua mão bateu no batente da porta e isso me assustou.

-Responde a porra da pergunta. - suas palavras saíram mais como um rosnado.

-O que está fazendo? Você vai acordar a Mayra!

-Foda-se!! - ele segurou meu maxilar com mais forma e me encarou. - Eu não sou um moleque que você faz o que quer. Me responda a merda da pergunta.

-Marcus... - Minha voz começou a falhar. - Regra número um, lembra? - ele deu uma risada nasalada e por um instante parece ter voltado a consciência.

-Droga! - ele me soltou e respirou fundo. - Quer saber? To nem ai. É isso! Estou aqui porque eu realmente mereço uma explicação, estou me fodendo se você transou...

-Eu não transei com ele. - Ele me encarou e fez um "ah" silencioso. -A gente só bebeu e eu acabei me molhando com a chuva e foi só isso.

Não sei por que estava dando explicação a ele, confesso que fui uma má carater em deixá-lo, mas tudo que eu estou sentindo agora é medo. Meu passado me fez pisar em ovos. E só tenho medo que todo esse desejo nos consuma no final disso.

-Cenoura... - sua voz estava mais mansa. - Fiquei puto, muito puto por me deixar plantado. Na verdade eu nem sei porque tô aqui, ou sei... Sei lá, mas eu me importo com você. E tenho certeza que você fez um mal negócio me trocando por aquele idiota.- Sorri e ele riu abertamente. -Nós somos amigos, certo? - concordei ele pareceu sem jeito. Sua mão deslizou para o bolso e começou a caminhar.

Ouvi os passos dele atrás de mim e por instante me virei.

-Somos uma espécie de amigos colorido agora? - ele parou e por uns minutos, depois se virou.

PERDIÇÃO DE UM DEVASSO - Série: Irmãos CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora