Cap | 16 - Incertezas

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(PERDOEM OS ERROS)

"Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda."

-Marquês de Maricá

____________~ Ruby Evans~___________

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____________~ Ruby Evans~___________

Uma semana depois...


Estávamos com a respiração acelerada, coração em um ritmo descompassado, senti que era necessário puxar o ar do fundo do meu pulmão para normalizar.

Ele saiu de dentro de mim bem devagarzinho, se livrando da camisinha e se jogou ao meu lado.

Ficamos em silencio, apenas ouvindo as nossas respirações, enquanto encarava o teto descascado do meu quarto.

Era bom tê-lo ao meu lado, embora ainda tivéssemos que lidar com muita coisas, mas confesso que é ótima a sensação de tê-lo só pra mim. De saber que sou a única boca a sentir seu gosto, que as únicas marcas que ele possui no corpo, foram feitas por mim, saber que o meu cheiro que está impregnado nele.

Pelo menos é nisso que eu quero acreditar.

Acreditar que sou única, que ele não tem mais ninguém. Mas ainda é difícil, até ontem ele era o cara pegador, que saia com mulheres adversas, modelos, socialites, e que demite as mulheres simplesmente por ceder ao seus desejos carnais, e vamos combinar que não há nada de errado com ela, o homem é convite sexual ambulante, e agora estava deitado na minha cama de casal, que fora quebrada algumas vezes, sobre um teto descascado, sem nenhum ar condicionado, a não ser o vento frequente que entra pela janela entreaberta. É um pouco difícil de entender, ou de acreditar que ele estava o meu lado.

-No que está pensando? - me puxou para deitar em seu peito. - Estou ouvindo as engrenagens daqui.

Suspirei, e comecei trilhar um caminho imaginário sobre o seu peito nu.

-Quanto tempo isso vai durar. - senti seu peito subir e descer em uma longa respiração.

-Está dizendo da gente? - virei um pouco a cabeça para cima, para olha-lo.

-Sim... quero dizer, quanto tempo vai durar até que a gente se canse e volte a nossa vida antiga? - ele não falou nada e eu percebi que isso também o preocupava. - Você sabe que isso não vai durar, não por muito tempo.

-Sabe o que eu sei? Que você é a melhor. - ele riu, mas eu não.

Me sentei, me enrolando no lençol para esconder meu corpo nu. - Estou falando sério, Marcus.

-Não combinamos de não pensar sobre isso? - ele apoiou seu corpo em um braço e fez o que mas gostava de fazer, mexer na mecha do meu cabelo.

-Sim, mas eu não consigo. Eu sou a louca das regras, lembra? A mulher cuidadosa.

PERDIÇÃO DE UM DEVASSO - Série: Irmãos CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora