Lista de regras:
1- Não interferir nos encontros externos de ambos.
2-Sem encontros ou surpresas.
3-Sem ligações ou mensagens inseparadas.
4-Sem perguntas intima ou envolvimento com a vida pessoal.
5-Nunca dormi juntos.
6-Não se apaixonar.
As regras...
"E todos os meus amigos, eles sabem e é verdade Não sei quem eu sou sem você Eu errei, amor Eu errei"
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______~Ruby Evans~ _____
C
aminhei quase correndo, trocando algumas pernas sobre o seu olhar. Finalmente estava a sua frente e respirava ofegante como se tivesse corrido uma maratona. Seus olhos estavam cravados em mim.
Respirei. Respirei e de repente as palavras me faltaram. Como vou falar, posso ser direta...
"Nosso filho vive" - não, muito expressivo
"Me perdoa, não vou mais tirar nosso filho." - muito dramático. Começo a pensar várias coisas para dizer, mas nenhuma que seja boa suficiente. Nenhuma que me garanta que ele vai me perdoar.
Ele ergue a sobrancelha e sei que devo estar parecendo uma louca, então simplesmente digo:
-Oi. - ele ergue a sobrancelha em surpresa.
-Oi. - Diz somente.
Droga!
Eu queria que ele começasse o seu discurso sobre nós, aí eu teria a oportunidade de ajoelhar e implorar seu perdão, mas ele não faz e sei que eu preciso tomar o primeiro passo.
-Eu quero te pedir perdão. - ele balança a cabeça, e tenho vontade de fugir.
Mas essa é apenas a velha Ruby falando, a nova quer estar aqui. Quer enfrentar tudo isso, quer reconquistar o seu amor, quer implorar por ele se for necessário.
-Eu já disse que não tenho do que te perdoar. - ele não vai facilitar.
De repente um trovão rugiu no céu prendendo a nossa atenção. Ele olhou para o céu e depois voltou a me olhar. Nunca pensei que seria tão difícil falar. Saí do hospital decidida, eufórica e agora estou como uma criança diante do pai, fazendo um trovão virar assunto.
Você conhece alguém, sabe dos seus gostos, das suas manias, das suas limitações, conversar com ela sem restrição, então se torna estranho estar diante dele sem nem ao menos saber como iniciar.
-Parece que vai chover. - falei puxando o assunto mais estúpido possível.
Ele passou a língua pelas bochechas, e deu uma risada.
-Veio aqui para falar do tempo? - nem deu tempo de responder. - Sim, acho que vai chover.
-Não... Na verdade eu não vim falar isso. - ele me olhou como se fosse o óbvio. - Eu... Quer dizer, eu...- respirei fundo. - Eu vim pedir ser perdão por que eu preciso que você me perdoe...
Ele cruzou os braços e procurei em seus olhos algum indício de que tudo vai ficar bem, mas não acho, só vejo o mesmo olhar duro e magoado.
Estufo o peito tentando parecer calma e me preparo para disparar tudo que eu quero dizer, sem pausa e sem restrição.
