Lista de regras:
1- Não interferir nos encontros externos de ambos.
2-Sem encontros ou surpresas.
3-Sem ligações ou mensagens inseparadas.
4-Sem perguntas intima ou envolvimento com a vida pessoal.
5-Nunca dormi juntos.
6-Não se apaixonar.
As regras...
"Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado."
-Senhor dos Anéis.
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_________~Marcus Carter~_________
Estou andando de um lado para o outro com a garrafa de Bourbon na mãos.
Estou arrependido de ter saído, de ter a deixado sozinha, mas não saberia com agir ou fazer, eu nunca lidei com isso. Nunca estive tão envolvido com a vida pessoal de alguém que não seja minha família.
Mesmo querendo estar com ela, eu não poderia.
Eu vi a dor explícito em seus olhos. Senti a dor assim que a toquei, senti assim que a vi naquele estado. Quero enfiar uma estaca no meu peito por ser tão burro.
Eu quero protegê-la, quero tirar a dor dela, mas me sinto um merda por não conseguir, por estar de mãos atadas, sem conseguir mover nada.
Eu não tive culpa. - as palavras que ela repetia estavam gravadas dentro da minha mente, a sua voz fraca e falha.
Estava na cozinha quando comecei ouvir gritos que mediante o estado que ela estava, nem se deu conta que gritava. Entrei no quarto e parei quando a vi desesperada. Ela repetia constantemente a mesma frase e chorava. Chorava de uma maneira que não imaginei que a visse, de uma maneira dolorosa, exposta, vulnerável, como nunca esteve.
Que inferno de pessoa era naquele maldito celular?
Quem poderia feri tanto ela? Quem seria louco de tirar dela o seu sorriso?
Virou a garrafa no na boca e deixo o líquido quente e ardente escorrer pela minha garganta. A raiva que eu sinto está tão decorrente em mim que eu não consigo sentir nada. É como se estivesse anestesiado.
Sinto a raiva ferver o meu sangue e sem pensar muito vou até a parede e a soco.
Um soco. Dois. Três. Quatro. Cinco. Soco sem intervalo até sentir o sangue escorrer entre meus dedos.
Eu quero voltar lá, quero arrancar dela o que a machuca tanto. Desisto de tentar fazer um buraco no chão, me sento no sofá de maneira desleixada.
-Quem te feriu assim, Cenoura? - falei olhando para parede oposta sentindo uma fina lágrima descer.
Não devia ter a deixado. Não devia.
Na verdade muitas coisas não deveriam estar acontecendo, como o fato de eu estar sentado sexta feira a noite em meu sofá preocupado com ela, não era pra ser assim, mas quem tem controle das coisas?
