Opposing Reasons

1. Prólogo

Venice Beach, Los Angeles -
Califórnia, Fevereiro, 2014 às 16h00 PM.

1. Prólogo

Point Of View Arabella Lawrence

        Tem certos momentos que a gente se questiona: Qual a probabilidade disso dar errado? Ou aquelas típicas perguntas: O que eu tenho a ver com isso? Isso vai mudar algo na minha vida?

A resposta, pelo menos a minha, na maioria das vezes, é não. Sério! Fala sério! Cuidar da vida dos outros é sempre mais fácil do que cuidar dos nossos próprios problemas, certo? Não. Porque dependendo do problema e da pessoa, você se apega, e automaticamente, aquele problema passa a ser seu.

O meu caderno anda mais rabiscado, do que as folhas que normalmente os pais dão para os filhos que são crianças. Meu Deus, que merda. Às duas horas de aula que estou aqui, o máximo que consegui progredir, fora na flor no canto direito da folha. Apenas. E claro, não posso me esquecer, que o meu sono resolveu evoluir a cada palavra dita pelo professor.

Primeira coisa: Faculdade de direito não é nada legal, e vou deixar algo bem claro: Ou estude feito um condenado, ou, bom, sinto muito em dizer, não será nada nessa área.

Por muito tempo escutei isso, e os rumores não estavam errados. Inferno! Eu não deveria ter desejado tanto ter crescido e abandonado a minha liberdade. Sim, eu era livre e não sabia.

A minha rotina é escrava, e por mais que não tenha nada demais, ainda assim é cansativa. Acordo às 6h00 e reviso a matéria. Quando eu vejo, já são 11h00 da manhã, e eu preciso vir para a faculdade. Quando dá 16h00 da tarde, eu já não sou mais uma pessoa humana, e sim uma máquina de café, porque bom, eu preciso me manter acordada.

Stella: Ryan está quase dormindo, tem como vir logo?

Ainda faltam 25 minutos para o sinal bater.

E é nesse momento em que a consciência pesa.

Stella: E temos festa dos veteranos. Claro, e você como caloura tem que estar.

"Ainda faltam 25 minutos. 23, para ser mais sincera"

Stella: Se importa de ir com Justin?

Eu passo os olhos pela sala, procurando pelo namorado da minha melhor amiga. Lá está ele. Com a cabeça abaixada por cima do caderno, provavelmente sonhando com os peitos dela, e o que hoje à noite irá render para os dois.

"Eu sei o caminho de casa e tenho dinheiro para táxi. Não se preocupe, vá para casa com Ryan e o mande escovar os dentes"

Meu pai não me dá dinheiro toda semana, para eu ter que ficar pegando carona. Se eu tenho, eu posso e vou pagar o táxi. Por favor, né? Com 19 anos nas costas, e eu precisando de pegar....

Meu pensamento e minhas palavras são cortadas por um bocejo. Certo. Talvez eu precise deixar o café frio de lado e dormir. Ou não.

Ou sim. Aliás, que mal tem?

Bom, o lado negativo e o mal que tem, é que talvez, o professor fale alguma coisa, que no futuro seja como uma palavra chave para mim. Porém, o lado positivo também existe e não tem mal algum, que seria? Ah, eu tenho boas notas e estudo como uma condenada. Realmente! Um cochilo de menos de vinte minutos não irá me matar.