33. Jackson

2.8K 204 211
                                    

33. Jackson

Point Of View Arabella Lawrence

Eu queria poderia dizer absolutamente tudo o que eu estou sentindo, mas me faltam palavras. Os pés parecem tão pequenos e....O corpo é tão....

— Eu acho que não deveríamos comprar rosa se for para menina, e azul para menino — Arrasto meus olhos para Justin, o observando pegar analisar as roupinhas de criança deixadas em sua frente — Não existirá isso para o meu filho — Da de ombros — Não existe cor que determine sexo.

Eu me sinto um pouco....afetada demais.

Concorda, ou não? — Pergunta, voltando os olhos diretamente para mim — Ou acha que....

— Não existe cor que determine sexo.

O sorriso que aparece em seus lábios, é um sorriso tímido, e sim, ele mesmo se afeta ao escutar eu repetir suas palavras.

— É sério, eu não quero que demos essa criança — Continua — Não existe brinquedos para meninas, ou para meninos. Não existe brincadeira para meninas, ou para meninos. Se meu filho quiser bonecas, ele terá bonecas, e ninguém dirá que isso é errado. Da mesma forma que minha filha quando estiver maior, quiser algo que seja considerado masculino, ela terá.

Eu franzo o cenho. Minha filha quando estiver maior?

— Filha? — Me aproximo — Que filha sua estará maior?

Ele demora um tempo para voltar os olhos para os meus, e bufo. Ele vai me matar de confusão se neste momento, o mesmo ter decido que vira menina e não menino. Justin é doido?

— Ué — Se vira, e bufo. Ele é! — Achei que era para falarmos como se pudesse vir qualquer um — O mesmo sai sorrindo, e sorrio disfarçadamente, encarando a sua bunda marcada na calça — Dando em cima de mim?

— Já escolheu algo para a Gabe?

— Comprarei um berço — Minhas sobrancelhas se levantam, e o encaro parada — O que?

— Um berço?

Yeah — Da de ombros — Não é nada demais — Sorri de lado — Ou é?

— Você sabe o melhor.

Um berço?

Nossas mãos se tocam, e os olhos de Justin descem para mim. Não para os meus olhos, mas para mim. Eu o analiso pelo espelho. Ele olha meu cabelo, em seguida para qualquer outra parte, e então se afasta.

Sua mão vai para dentro do seu bolso, de onde sai segurando sua carteira, e seus olhos não se cruzam mais com os meus.

Será que fiz algo?

Me pergunto se talvez eu devesse ter feito algo.

O abraço.

A barriga atrapalha, mas sou bem recebida, quando percebo que sua mão toca a minha gentilmente, apertando meus dedos, deixando claro que ele gostou do ato. Isso me faz sorrir.

Minha boca saliva e eu me afasto. Areia. O gosto de areia molhada vem em minha boca, e encaro Justin, que quando me afasto, me encara.

— O que foi, Arabella? — Seus olhos descem para minha barriga e nego — Certo, o que é?

Desejo.

Eu fico sem graça. Como vou falar isso para ele? Seus olhos me analisam, e me questiono: Ele vai rir ou vai me achar estranha?

— De que? — As palavras saem arrastadas dessa vez, e seus olhos se desviam dos meus para pegar o cartão, que nesse instante é retirado da máquina.

Areia.

Eu quero comer areia molhada.

— Areia — Sussurro, e sua sobrancelha de levanta. Ele não escutou — Eu quero comer....

Minha boca no momento está tão cheia de água, que encaro minhas mãos. Mas que merda é essa?

— Quero comer areia molhada.

Os passos são travados, e seus olhos em encaram com....

— Está maluca? — Parece um absurdo. Não, não parece. É um absurdo — Que nojo, Arabella! Você quer comer.....

— Areia — Seus olhos estão em negação, e sua cabeça também se nega. Não. — Não é como se eu estivesse querendo por vontade própria — Sua cabeça continua se mexendo em negação, e bufo — Mas que merda, Justin

— Não vou deixar você comer areia — Me repreende — Não vou. E você não vai! Está ficando maluca, caralho?

— Estou com desejo!

De areia?

"Preciso de ajuda"

"Quero comer areia"

Pai: QUE?????????

Pai: Está maluca?

"Quero comer areia molhada"

Para, para — Justin puxa o celular das minhas mãos e bufo — Quer comer alguma coisa gordurosa? Um lanche? Eu compro quantos você quiser! Quer sorvete? Olha, eu juro que não reclamo se você passar mal após comer Cheddar e bacon e cebola crispy, mas....

— Eu quero areia molhada — Rebato — Agora.

[....]

Eu encaro o potinho de em minha frente, e largo a colher de lado, me sentindo completamente descontável e observada. E estou sendo. Justin está parado ao lado de Ryan, que prende a risada.

Justin me olha com cara de nojo, e me viro para frente, encarando meus dedos sujos de terra.

— Fica sentada na borda da piscina, porque assim é.....

— Vai vomitar na piscina não — Justin grita — Vá para a grama.

— Cala a....

— Vai que da vontade dela comer grama também — Diz com mais nojo ainda, e bufo, o encarando com muita irritação.

A risada de Ryan faz com que Justin o de um soco, e bufo.

Esse cheirinho de terra molhada está....

— Meu Deus do céu, ela comeu — Ouço Justin choramingar, e enfia a colher com a terra em minha boca — Eca, eca! Meu Deus, Arabella, garota....

Eu peço que ele não se aproxime, e faço que pare.

— Me deixe — Peço, o vendo se aproximar mesmo assim — Me deixe...

Amor — O mesmo se abaixa em minha frente, me impedindo — Pare — Continua me impedindo — Não....Cospe essa merda, sério, cospe e....

Eu estico a colher para sua boca e o mesmo se afasta.

— Maluca?

— Come comigo — Peço — Se você comer, eu não como mais.

Opposing Reasons Onde histórias criam vida. Descubra agora