31. What? (Part 1)

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31. Que? ( Parte 1)

Venice Beach, Los Angeles — Califórnia, 2014.

Point Of View Justin Bieber

Definitivamente, Arabella é a garota mais folgada e difícil que conheço. E sem noção também. Porque não é possível que uma pessoa consiga ser mais....Qual a palavra certa? Bom, a palavra certa eu sei, porém não irei falar. Eu ficaria me sentindo mal depois. Infelizmente.

— As meias são minhas, você não tem que ficar com raiva — Rebato, a fazendo resmungar mais alguma coisa do banheiro — E você as deixará molhada. Vai ficar com o pé molhado mesmo?

— O que você tem com isso? — A boca suja de espuma da pasta de dente me faz me calar, e seus olhos se reviram, irritada — Sou eu que estou usando — Aponta a escova para mim, e faço cara de nojo — Não você! — Grita e levanto às sobrancelhas.

Por que ela gritou? Eu queria perguntar, mas me seguro. Sei porque. Na verdade, não, mas deduzo. Eu a irritei. E com certeza, sem a mínima dúvida, foi pela careta.

— Vai tomar banho de meia? — Pergunto, me levantando e indo em direção à porta do banheiro quando ouço o chuveiro ser ligado — Espero que não, na verdade.

— Tomo banho da forma que eu quiser — Rebate, porém dessa vez em um tom baixo — Cuide da sua vida.

— Ah, Bel — Suspiro — Pare com isso, vai.

— Pegue suas malditas meias — Diz, as jogando em mim — E não me atrapalhe.

— Por que está tomando banho?

— Isso não é da sua conta.

— Vai sair para algum lugar?

— Irei ao shopping comprar meias para mim — Revira os olhos — E para o seu filho, que quando nascer, vai jogar na sua cara o quanto seu pé é feio e grande.

— Espera aí! — Protesto — Grande, tudo bem! Mas feio? Ah, garota, se toca!

E no segundo que um bico emburrado se forma em seu rosto, eu abaixo o dedo.

Certo. Ela está grávida, Justin. Controle-se.

— Ele não é tão frio — Digo, a escutando rir — Fala sério, qual seu problema?

— Você.

— Bebê, qual é?

Alguns pingos de água me fazem afastar da porta do box, e a garota que carrega meu filho se aproxima e a fecha.

— Você é patético.

— Você suja todas as meias, e eu estou errado em dizer para você não usar o único par limpo?

— Eu uso o que eu quiser nessa merda — Grita, afetada — E vá para a sua academia agora, as garotas do prédio devem estar loucas para te verem.

— Devem mesmo, estou....15 minutos atrasado.

O sorriso que quer aparecer no meu rosto, não aparece, e encaro a garota em minha frente.

— E não — Responde antes que eu fale — Não estou.

Eu queria ficar e dizer que: Sim, Arabella Lawrence, você está.

Sim, ela está.

— Não — Diz novamente — Não preciso sentir ciúmes de você. Vá e faça o que você acha certo.

Eu reviro os olhos dessa vez.

— Não começa — Rebato, revirando os olhos — Não seja ridícula.

— Não seja persistente em algo que só existe em sua cabeça. Vá.

— Eu vou — Dou de ombros — Porque preciso malhar.

— Claro que é.

Eu volto. Seus olhos estão nos meus, e ela sabe, claro que sabe, que isso não tem necessidade. As coisas aconteceram sem que eu quisesse, sem que fosse a intenção real, e....Ela sabe que eu gosto dela. Talvez não do jeito dela, mas....Talvez eu goste mais dela, do que ela de mim, na verdade.

— Me espere para ir — Peço, dessa vez em um tom calmo — Quero ir com você ao shopping.

A resposta não vem, e eu fecho a porta.

Dois passos para fora do quarto, e dois de volta. Vou deixar a roupa dela separada. Arabella gosta de ser mimada, sei disso.

Calcinha. Sutiã. Cropped, e moletom. E olha, ela fica linda.

— Ai, aí — Suspiro, negando colocar o par de meias em meu pé, e deixando em cima da cama — Olha só ao ponto que cheguei — Reclamo — Dando o último literalmente par de meias, para a garota mais chata do mundo — Bufo, e encaro a porta fechada — Você está fodendo com meu psicológico, sua idiota.

O latido do filhote em minha frente me assusta, e olho o relógio, notando que estou mais atrasado ainda.

— Eu te levo depois — O repreendo — Caga na varanda, Napoleão, depois eu saio com você — Digo, e abaixo, passando a mão na cabeça do pequeno — Depois eu....

E a garota só de toalha me distrai quando sai do banheiro, e cruza o quarto, provavelmente indo para o closet.

— Cuida deles — Beijo Napoleão, e me levanto — Volto logo.

O celular vibra exatamente no segundo que fecho a porta, e abro a porta da escada de emergência.

Ryan: Faz um favor?

Ryan: Va se foder no inferno, seu filho da puta.

Ryan: E sim, gratuitamente.

Ryan: Na verdade, antes que você me xingue, preciso que faça um favor para mim. (Além de ir se foder no inferno)

Ryan: Preciso sair para beber. E por dois motivos: Não aguento mais a Lauren. Segundo: Acho que estou interessado em outra pessoa.

"Outra garota, Ryan?????"

Ryan: Outro?

"Um cara?"

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