Opposing Reasons

3. Heartless

Venice Beach, Los Angeles, California, Janeiro, 2014, às 09h00 AM

3. Sem coração

Point Of View Arabella Lawrence

O maldito relógio grita ao meu lado, e o jogo no chão, sentindo minha cabeça doer. Que dor de cabeça infernal, misericórdia, senhor. E segundo que tento me levantar, eu falho e me inclino para frente, vomitando exatamente em cima do relógio.

Inferno, terei que comprar outro relógio.

— Bel? — Duas batidas fracas na porta ecoam junto com a voz angelical de Stella, e bufo, fechando os olhos ao olhar para o lado — Sei que está acordada — Ah, sério? Problema seu — Por favor, podemos conversar?

— Não — Grito — São nova horas da manhã e não quero ter que bater na sua cara agora — Completo e ando em direção ao banheiro — Preciso me manter viva, antes de tudo, claro.

Meu estado é deplorável, e sinto vontade de me deletar. Santo Deus. O que aconteceu com meu olho? Ah, eu chorei. Meu Deus, que estado horrível, Arabella. Meu pai me mataria se me visse nesse estado, e...

— Eu estou com um chupão no pescoço? — Me inclino para frente, arregalando os olhos ao ver o roxo — Meu Deus do....

Justin.

Merda, merda, merda. Eu me lembro. Sim, eu me lembro de tudo.

Me encosto na parede, e me encaro. O que foi que você fez, Arabella?

O que foi que eu fiz?

A blusa preta em meu corpo me faz fechar os olhos e eu a tiro do meu corpo, a jogando no chão.

— Que merda é essa? — Eu me encaro no espelho, vendo dois chupões em meus seios — O que foi que eu fiz?

Por que aquele fodido fez isso?

É um pesadelo, certo?

— Arabella, me desculpa, tudo bem? — Stella grita do lado de fora do quarto — Eu sinto muito, amor. Eu não tinha maturidade e era insegura por causa de Justin. Fiz merda com ele, fiz merda com você e fiz merda com Nolan, e sim, foi muito mais que um beijo, mas juro que foi uma única vez e....

Eu paro em frente a porta. Abro ou não?

— Eu sinto muito, Bel.

Eu fiz a mesma droga com ela. Meu Deus.

Eu transei com Justin. Eu fiz a mesma coisa que ela fez comigo. O quão hipócrita eu sou?

— Eu errei com você, mas pensa bem, hoje eu tenho 18 anos, não sou a mesma garota de três anos atrás, não sou uma criança e eu sinto muito. Me perdoa, eu juro que...

Eu abro a porta e ela me encara com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu te amo tanto — Diz antes de deixar uma alguma escorrer — Você é a minha metade, e eu não sei como seria sem você. Me desculpa, por favor, eu não...