Eu caminhava tranquilamente na rua próximo da minha faculdade, pensando novamente nos meus pais como habitualmente fazia. Há 2 anos, meus pais morreram em um acidente de avião e não conseguia esquecer as ultimas palavras que meu pai me dissera ao se despedir . Na ocasião eu estava muito triste e aborrecida com mais uma desilusão que sofrera com um amigo que eu achava que estava apaixonada. Nós havíamos ficado muito próximos depois que nos tornamos bons amigos, mas eu imaginava que não se tratava de uma amizade entre colegas. Ele era muito inteligente, bonito e era sempre presente na minha vida.
- Pai ! Eu achava que ele gostava de mim mais do que uma amiga! – falei com os olhos marejados de lágrimas, o meu sofrimento parecia interminável e muito doloroso. Meu pai como sempre estava sendo muito paciente comigo, me abraçou enquanto eu chorava sem parar.
- Filha, eu entendo seu sofrimento. Olhe pra mim!! – eu continuava com a cabeça baixa enquanto meu pai me fitava. – Minha filha , por favor, olhe pra mim.
- Pai !!! eu sou uma idiota!! – eu apertei meus olhos e fitei meu pai a muito custo.
- Minha filha! Você só tem 19 anos. É o primeiro rapaz que você se interessada de verdade e com certeza, não era a pessoa perfeita para você senão ele teria ti amado desde o primeiro momento.
- Pai, quando ele me disse que está namorando com Marina, meu mundo desabou. Que droga de vida !!! Nunca ninguém vai gostar de mim.
- Filha! O amor é assim mesmo. Às vezes, você ama e não é amado. Quando você estiver na mesma sintonia com a pessoa que você ama, será é maravilhoso. E se não fosse tão raro e bom, não existiam tantas musicas e filmes falando sobre isso. Não se apresse em encontrar o amor , filha e acima de tudo, lembre que pra amar você deve ser amada também.
- Eu e sua mãe já estamos indo, mas estaremos de volta na sexta, quando eu poderei mimar a minha menininha. – meu pai segurou o meu queixo e me fitou bem no fundo dos meus olhos. – acredite filha que o mundo não para ! enquanto o seu amigo se diverte você está aqui sofrendo, não continue a se martirizar, levanta essa cabecinha e continue sua vida, ainda há muito na vida pra viver. Você terá varias outras razões para acreditar que ele não é o único que você vai amar- Dei um abraço forte no meu pai e agradeci mentalmente por tê-lo como pai.
- Pai, eu te amo muito ! – dei um ultimo beijo de despedida.
- Eu também, filha. Descanse! Não precisa descer, nós já estamos atrasados para partirmos para o aeroporto. Quando chegarmos no Rio, nós ligaremos para você.
De volta a realidade que me devastava, volto a olhar para a rua da minha faculdade e vejo que a animação tão irritante de todos ao meu redor em contraste com a dor e sofrimento que não passam e sinto que nunca vão passar dentro do meu coração. Sento em minha carteira dando um breve ola ao meu amigo que algum tempo foi motivo de minha decepção quando sou chamada a atenção por uma novata que cutuca meu ombro direito.
- Oi! Você teria uma caneta para me emprestar! Eu perdi a única que tinha. - a menina era muito estranha. Tinha os cabelos roxos e os olhos muito escuros pela maquiagem pesada, sem notar na unha, esmaltada em uma cor preta.
- Claro ! pega essa ! Você está fazendo essa matéria conosco ? – perguntei apenas para ser educada já que ela continuou me olhando mesmo depois de pegar a caneta de minha mão.
- Sim, meu nome é Diana e você ? – ela deu um sorriso meio amarelado e continuou me fitando.
- Eu me chamo Catarina, mas me chame de cat. - eu me posicionei para frente vendo que o professor entrava na sala pedindo a todos que abrissem o livro na pagina tal.
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Meu desejo é você!
RomanceCat era uma moça que tentava a todo custo esquecer de seus problemas e seguir a vida, mas quando a vida lhe impõe obstáculos, se sente fraca e incapaz. Desistir? não poderia. Quando eles se encontram, a magia acontece e tudo faz sentido. Jack não e...