Meu desejo é você!

O amor... dá um tempo!

Escutei a voz de Robert e Jack que discutiam de forma enérgica sobre o comportamento violento de Jack há alguns minutos atrás. Catarina entreabriu os olhos e tocou em sua cabeça relembrando do que ocorreu e sentou-se.

- Cat, meu amor, você está bem? – ele aproximou-se rapidamente dela abaixando-se e fitando a bem próximo enquanto tocava lhe o rosto com muito carinho. Ela o fitou preocupada e tocou-lhe o rosto também com delicadeza espaldando suas mãos no rosto dele como ele também fazia com ela.

- Eu tive tanto medo que aqueles homens tivessem ti machucado, Jack! – ela o abraçou e finalmente deixou algumas lágrimas de alivio escaparem. Ele cobriu-lhe os lábios em desespero e explorou-lhe a boca com a língua de forma possessiva.

- Meu amor, meu amor, você está acabando comigo... – ele gemeu e sussurrou enquanto beijava-lhe o pescoço de forma urgente.

Eles foram interrompido por um pigarro de Robert.

-Que droga! Robert, não tem nada melhor pra fazer ?- Jack levantou-se trazendo Cat consigo, abraçando-lhe a cintura.

- Até tenho! Mas agora não é o momento!! Não sei se você lembra, mas Catarina teve um desmaio, talvez seja melhor levá-la para um hospital e segurar o ímpeto de vocês – ele falou sorrindo.

- Meu amor, me perdoo, Robert tem toda a razão, vamos para o hospital !

- Não, já estou melhor! Podemos ir amanhã, por favor! Quero ir pra casa ! – ela sorriu sem jeito enquanto ele acariciava-lhe o rosto, como sempre tão carinhoso com ela. Para algumas pessoas, ele poderia ser muito "pegajoso", mas para Cat era a coisa mais gostosa da relação deles. Nunca tinha conhecido alguém que gostasse de estar perto dela e compartilhava do mesmo desejo de estar próximo dele e estarem sempre se tocando, sentindo o calor, cheiro e principalmente amor. Quando ele pousava seu olhos nela, sentia como se estivesse sendo tocada e acariciada com sensualidade e desejo.

- Tudo bem, amor! – Jack a fitou e exitou durante alguns segundos antes de concordar. Queria ficar com ela aquela noite, mas precisava deixa-la ir e descansar. Ele estava aborrecido, imaginando que cometera um grave erro ao acreditar que poderia manter seu próprio controle diante desse sentimento novo que nutria por aquela mulher. Nunca antes sentiu nada parecido e agora não controlava seu aborrecimento ao imaginar que precisava estar longe dela e sentia tanta insegurança e medo de perdê-la parecia uma adolescente descobrindo o amor. Eles tomaram o caminho para a casa dela e ele dirigiu em total silêncio sem tocá-la o que a deixou bem confusa. Ainda há pouco estava pensando que amava o toque dele e sempre era muito carinhoso com ela e inesperadamente ele se tornou muito frio e distante.

- Pronto, está entregue – ele mantinha-se ereto sem fitá-la, escondia seu medo por traz de sua aparente frieza, mas não tinha como lhe dar com aquele sentimento sabia que precisa deixá-la ir.

Cat por outro lado, também sentiu um incrível abatimento tomar conta de seu corpo como se estivesse novamente sozinha no mundo. A insegurança também se apossou dela e resolver sair do carro dando-lhe apenas um frio boa noite.

- Boa noite! – ela bateu a porta e entrou rapidamente na sua casa com receio que ele percebesse suas lágrimas caindo. Era uma boba por estar chorando, mas Jack tinha esse poder de mexer com seus sentimentos e suas emoções mais profundas.

Jack permaneceu sentando socando o volante

- Idiota! Idiota !!! Você se comporta como um idiota inseguro! Ela é sua! – ele resolveu retornar para casa e descansar por algumas horas, mas isso, foi a única coisa que não conseguiu fazer. Quando sua cabeça tocou o travesseiro, sentiu o cheiro dela e lembrou do que ocorrera naquela cama na noite anterior. Depois de alguns horas, finalmente conseguiu dormir, mas seu sono foi despertado pelo toque de seu telefone.

- alô !! Tio Jack, aconteceu um acidente grave aqui no Rio, minha mãe se machucou muito e está numa cirurgia de emergência! Por favor, venha para cá ! Precisamos de você, tio ! – Eduardo estava em pranto! Pulou da cama e ligou imediatamente para o amigo piloto para fretar seu avião com urgência. Era sua única irmã e seu único sobrinho.