Já se passara 6 meses depois que retomamos nosso casamento. Eu já estava com 8 meses de gestação e meu bebê já estava bem distante de qualquer risco para sua pequena vida. Desde o dia em que encontramos Bruno em sua antiga casa, ele não voltara para vida deles. Ricardo uma vez lhe dissera, em uma das visitas que sempre faziam a casa deles, que Bruno viajara e que precisava desse tempo sozinho.Quanto a Ricardo e Isabela, acabaram por se tornarem grandes amigos não só de Jack e meu, como também de toda a família. Estavam todos em paz. Jack não voltara a falar de vingança e as vezes conversava de forma reservada com Ricardo, eu sabia que se tratava da empresa mas nada referente a crise financeira que assombrou a empresa. Uma vez eu questionara Jack sobre o assunto, ele explicou que houve um golpe na empresa, ele estava ali para se vingar dela e depois cobraria Ricardo todo o dinheiro empregado na empresa, dinheiro esse que Ricardo não tinha com a intenção de levar empresa a falência. No primeiro momento me senti triste ao imaginar o quanto eu era odiada, porém percebi que era bobagem porque já havíamos nos perdoado e o amor que tinhamos um pelo outro havia se renovado. Jack também falou que suspeitava fortemente que o culpado da situação da empresa de Ricardo era Bruno e que já deixara bem claro ao Ricardo as evidências. Por isso, Cat tinha uma séria desconfiança de que Bruno não retornaria tão cedo para casa.
Cat sorriu ao escutar a gargalhada de seu filho que vinha do corredor, Jack entrau no quarto com Diego nos braços enquanto era acompanhado pela babá. Era engraçado como Jack passava várias horas conversando com o bebê e contando histórias, e o mais engraçado era que o bebê de 2 anos parecia entender tudo. Todos os dias Jack seguia o mesmo ritual, abraçava e beijava o filho depois a beijava na testa e conversavam um pouco. Aquele dia ele a abraçou e beijou pedindo que a babá colocasse o bebê para dormir e Catarina o fitou atenta enquanto ele entrava no banheiro sem dizer muitas palavras.
- está tudo bem, amor? - Catarina percebeu que seu semblante estava sério e ela resolveu questioná-lo. - nada demais, meu anjo. Vou precisar viajar amanhã, mas volto na segunda, preciso ajudar Ricardo na empresa e não queria deixá-la mas são apenas 2 dias. Fico preocupado com nossos filho e com você. - Tá tudo bem, minha vida! eu cuidarei bem deles - ela o abraçou e ele a segurou em seus braços tentando não transparecer seu semblante de preocupação. - vocês são tudo que eu mais amo, Cat. Minha família. - Catarina o abraçou encostando a cabeça em seu ombro, era um momento de silêncio que amava.- ai! - ela gritou colocando a mão sobre a barriga. Assustado, Jack a carregou rapidamente e colocou na cama ajoelhando-se, tocando em seu rosto.- o que você está sentindo? fala! Cat! - ele a fitou em agonia, enquanto ela sorria achando engraçado ele estar tão atrapalhado e preocupado com ela. - calma! amor! Ela só chutou minha costela, mas passou. - ele sorriu aliviado e a beijou.- Você me deixou desesperado! meu anjo! preciso ir! vou levar apenas uma bolsa e ligo pra você mais tarde.Jack saiu da casa evitando deixar Catarina preocupada com os novos acontecimentos, a única forma foi esconder o que estava ocorrendo. Na noite anterior, Ricardo e Jack estavam conversando quando foram informados por telefone que Bruno estava preso por furto. Jack vendo o desespero do amigo , se propôs a ajudá-lo. O que dificultava tudo é que o rapaz foi preso em uma cidade pequena próxima da capital. Ricardo não poderia deixar o filho numa situação dessa sem ajudar. Ricardo e Jack chegaram a delegacia acompanhados de um advogado que Ricardo já conhecia há alguns anos, era Artur Salgado. Na delegacia, com o semblante chocado Ricardo escutou tudo que ocorreu com Bruno. Ele foi apanhado em um supermercado com uma garrafa de uísque dentro da roupa, estava visivelmente bêbado e sob efeito de alguma droga. Estava extremamente perturbado e sem nenhuma noção de onde estava e o que estava fazendo na cela. Jack percebeu que o amigo estava abalado e em total silêncio aproximaram se da cela em que Bruno estava. O rapaz estava irreconhecível, deitado em um colchão sujo com os joelhos dobrados e braço sob a cabeça, não se movia apesar do delegado chamá-lo. Bruno estava com a barba por fazer, cabelo comprido, com a pele escura de sujeira e fedia muito. Jack fitou os olhos cheios de lágrimas de Ricardo ao fitar seu único filho, um morto vivo. Jack que já era pai sentiu seu coração cheio de compaixão pela situação do amigo e resolveu que Ricardo não estava em condições de lhe dar com a situação em que se encontravam. - Arthur, por favor, tome os procedimentos necessários agora para levarmos ele. - Jack foi o primeiro a falar depois do pesado silêncio em que Ricardo estava imerso. - Delegado, ele é um bom rapaz, mas está perdido. Vamos tomar as providências para soltá-lo com urgência e interná-lo imediatamente em uma clínica de repouso. - ele aproximou se de Ricardo que estava lívido e em silêncio. - Ricardo, meu amigo, vamos ajudá lo. Tenho um amigo que possui uma clinica de repouso, internaremos se ele for liberado até amanhã. E só preciso de sua autorização. - Ricardo apenas meneou a cabeça aceitando o que lhe era oferecido. Eles permaneceram na delegacia até que Arthur concluiu todos os trâmites para liberar Bruno, o que ocorreu apenas na manhã seguinte. - Thiago, meu amigo, como vai? - Jack conversava com o amigo de faculdade para que prepare-se tudo para receber Bruno. - Quanto tempo ? seu tratante! - gargalhou - meu amigo, precisamos nos reencontrar, sair e tomar uns drinques ! - bem que eu gostaria mas minha mulher é muito brava! se ela descobre que estou me divertindo com você, vai querer me deixar! kkkkkk - Thiago sorria.- Tá certa! mas me diga! você está precisando de ajuda ? - desculpa, amigo! estou sim! tenho um amigo que está com problemas com bebida e drogas, precisamos interna lo e sua clinica é uma das melhores que eu conheço.- entendo, meu amigo! Vocês estão aonde ? precisam de transporte aéreo? - sim, estamos em uma cidade pequena próxima e vamos precisar levá lo provavelmente dormindo. Ele está em uma delegacia e já estamos desde ontem a noite aqui apenas a aguardando sua liberação. - ok. Eu iriei pessoalmente até ai com uma equipe. Arthur conseguiu a soltura de Bruno e logo, Thiago chegou com a equipe, entraram na cela e aplicaram um tranquilizante em Bruno que ficou muito violento ao ver Jack e os demais na cela. De sorte, Thiago já estava acostumado com esse tipo de reação de seus pacientes e soube conduzir com calma o paciente até a clinica. Ricardo, Jack e os demais foram levados a clínica de tratamento onde Bruno seria mantido os próximos 4 meses. - Ficaremos em contato com você meu amigo e voltaremos na próxima semana. - tudo bem, Jack! - Thiago fitou Ricardo tentando tranquiliza-lo - Ele está sob o tratamento da melhor equipe do país, Sr. Ricardo, fique tranquilo.Vai se recuperar. Jack estava retornando para a cidade quando recebeu uma ligação inesperada de sua sogra.- Jack! A Catarina entrou em trabalho de parto e estamos no hospital esperando a chegada da bebê!- Meu Deus! Estou indo para o hospital! por sorte, estamos chegando daqui a alguns minutos! - Jack sorriu para Ricardo contando a novidade. - Você vem comigo, Ricardo ? - eles entraram no primeiro táxi que viram, e foram em direção ao hospital.- Como ela está, Angela? - Jack estava nervoso,era a primeira vez que acompanharia o parto de um filho. Foi entrando no leito, procurando pela sua mulher. - Meu amor! - ela estava suada, gemia de dor mas sorriu ao vê lo, aliviada que estivesse nesse momento. - Vamos ajuda la, meu amor! - ele a beijou e logo fitou a ginecologista. - está quase saindo! Sr. Jack. Ela é muito forte.- Catarina sentiu nova contração apertando a mão de Jack que segurava a sua. Um segundo de silêncio se fez e ouviu se o choro do bebê. Jack viu a médica segurando a criança preparando para entregar a mãe quando Jack a olhou e sentiu seu coração transbordar de tanto amor e orgulho de sua família. - É linda! minha princesinha ! - Cat a encostou em seu seio e ela prontamente começou a amamenta-la.- vocês são lindas ! - ele beijou a cabeça do bebê que amamentava tranquilamente e fitou os olhos de Cat que sorriu com uma felicidade tão grande que seus olhos brilhavam. Amava aquele homem e agora também amava aquela vida que estava em seus braços.- eu te amo! - ela sussurrou ao beija lo e encostar sua testa na dele. - eu vou ficar com você! vou pedir apenas pra trazerem umas roupas pra você e nossa bebê. - Isadora ! Amor! - ela tocou no rosto dele e ele afastou se sorrindo ligando para seu motorista. Ainda era manhã poderia cuidar das duas durante o dia e logo eles sairiam do hospital. - Já trarão algumas roupas para vocês duas! Você está bem, amor? - um pouco cansada! - o bebê já dormia e ele a pegou no colo colocando a no berço. - descansa, minha vida! Vamos fazer alguns exames em você e em Isadora para saber se vocês estão bem. Quero que você durma um pouco. - os olhos dela pesaram e ela dormiu. Algumas horas passaram e enquanto isso Jack fez algumas ligações recebeu algumas visitas de amigos, sempre tomando cuidado de não acorda-las. Já era 13h quando Catarina foi despertada por Jack para almoçar. Ele beijou sua testa e fez um cafuné em sua cabeça.- acorda, minha Cat, vamos almoçar! - ele pegou o prato e a alimentou dando colheradas em sua boca. - Não precisa , amor! - Eu vou cuidar de vocês duas ! - ele sorriu orgulhoso. - ela insistiu em se alimentar sozinha.- Meu amor, eu devo isso a você. Eu não estive com você quando você deu a luz a Diego. Agora, estou aqui pra ajuda la no que precisar. - olhos de Cat encheram de lágrimas. Sabia que ele se sentia culpado ainda. - Esqueça o passado, minha vida! eu já ti perdoei. - ele a abraçou acariciando seus cabelos. - Sabe o que eu queria agora! - o que ? peça o que quizer que eu lhe darei! Você merece tudo! Você me deu as coisinhas mais importantes da minha vida! - ele sorriu e a apertou em seus braços. - Quero um banho! - ele gargalhou. - Então terais! minha vida! - ele a carregou nos braços, enquanto Ângela ficou com o bebê no quarto. - oh! Amor, eu posso tomar banho sozinha! - ele tirou a camisa e calça e a deixou nua. Ele a lavou com cuidado para não machuca-la e com carinho a enxugou e a vestiu. - Pronto, está devidamente banhada !- ele a carregou e delicadamente a pôs sobre a cama.- minha sogra, você poderia ficar um pouco com Cat e Isadora ? preciso ir em casa preparar algumas coisas pra recebê-las. Logo Cat estava em casa sendo recebida com uma festa com poucas pessoas para conhecerem o novo membro da família. Os dias que se passaram foram tranquilos e Jack passou mais tempo em casa do que no trabalho. Catarina se sentiu finalmente realizada com sua familia completa.
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Meu desejo é você!
RomanceCat era uma moça que tentava a todo custo esquecer de seus problemas e seguir a vida, mas quando a vida lhe impõe obstáculos, se sente fraca e incapaz. Desistir? não poderia. Quando eles se encontram, a magia acontece e tudo faz sentido. Jack não e...