- Não me toque – Cat recuou como se fosse um bicho ferido e assustado.
- Calma, Cat. Sou eu, Jack. Tio de Eduardo. – ele não recuou e aproximou-se novamente ajudando-a a erguer-se. Ela o fitou, enxugando as lágrimas, tímida, seu coração acelerou mais quando percebeu que era ele que a puxava para seus braços sustentando seu peso. Ela sentia suas pernas moles como gelatina e apenas os braços dele a sustentavam para que não caísse. Cat não pode evitar fitá-lo, primeiro suas mãos fortes, depois os braços musculosos e por fim seus olhos, estavam tão próximos que ela podia sentir a respiração dele sobre seu rosto, o cheiro gostoso de hortelã.
- obrigada, Sr. Jack. Se não fosse o Sr., eu não sei o que teria acontecido comigo – ele a interrompeu tentando evitar a atmosfera que os envolvia e o deixava tão hipnotizado quanto ela diante dos lábios vermelhos dela e de seu cheiro adocicado, seus olhos estavam fixos nos lábios entreabertos dela.
- não precisa agradecer, Cat e, por favor, me chame de Jack. Não sou tão velho assim para que me trate como senhor. Só tenho 27 anos. – ele sorriu maravilhosamente, fazendo a quase desmaiar com tamanha beleza, seria possível um homem ser tão lindo e ter um sorriso mais cativante e envolvente, ela se sentiu atordoada a ponto de perceber que estava de boquiaberta. Balançou a cabeça se forçando a lembrar da dura realidade que os cercava.
- tudo bem, obrigada. – Cat se afastou e apanhou sua mochila que era estendida para ela – eu preciso ir, Sr... desculpa, Jack. – Ela afastou-se retomando a caminhada que fazia anteriormente antes do ocorrido.
Jack percebeu que era sua deixa, precisava de mais tempo com ela, não fora coincidência estar ali. Ele a seguia quando o bandido se aproximou dela e a atacou. Quando viu a situação que ela se encontrava, correu para salvá-la com desespero, imaginava que ele poderia machucá-la. Precisava estar próximo dela, voltou para apanhar o carro e foi em direção a parada de ônibus.
Cat já estava sentada aguardando o ônibus quando um carro muito luxuoso que ela não sabia identificar parou, abriu a janela e buzinou.
- Cat !! – ela se aproximou ao perceber que se tratava de Jack. – Cat, não quer uma carona?
- Não precisa, obrigada, Sr. Desculpa, Jack. – ela percebeu que algumas meninas que também aguardavam na parada lançavam olhares e sorrisos interessados no rapaz do carro.
Jack desceu do carro, abriu a porta do carona diante dos olhares ainda mais curiosos das meninas que cochichavam entre si.
- Por favor, eu insisto. – Jack a fitava obstinado.
- Eu moro muito longe daqui, não quero dar trabalho, por favor, deixe que eu pego um ônibus !! – Cat distanciou-se sentando novamente no banco, sabendo que não era justo dar um trabalho tão grande para aquele homem lindo! O que estou pensando? Meu Deus, ele era lindo mesmo, devia ser um homem muito bom para querer me ajudar depois de todo trabalho que eu tinha lhe dado.
- Vamos, Cat!!!Se você não entrar agora neste carro, vou ficar muito aborrecido com você. – Jack disse com seriedade em seu semblante.
Cat levantou-se a contragosto e entrou no carro, percebendo que as meninas cochichavam, algo como que homem lindo... essa horrorosa... ridícula... que gato... Cat sentou e o viu dando a volta no carro assumindo seu lugar no volante. Nunca tinha entrado em um carro tão luxuoso e sentia–se tão constrangida estando próxima de um homem que insistia em ajudá-la sem nenhum motivo.
- Então, seu nome é Cat? ou é somente um apelido ? – Jack a fitou com um breve sorriso, que fez seu coração saltar e acelerar sua respiração.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu desejo é você!
Storie d'amoreCat era uma moça que tentava a todo custo esquecer de seus problemas e seguir a vida, mas quando a vida lhe impõe obstáculos, se sente fraca e incapaz. Desistir? não poderia. Quando eles se encontram, a magia acontece e tudo faz sentido. Jack não e...