Capítulo 34

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Rose

Meu pai realmente havia surtado. Quando entrei no quarto estava tudo revirado e jogado, ele estava tentando atacar um dos bruxos, que ficou muito agradecido quando eu cheguei e a atenção dele se virou para mim.
- Rose, ainda bem que é você, o que eu estou fazendo aqui? - Fiz um sinal para que o restante das pessoas saíssem.
- Você meio que foi usado como armadilha para mim. Sua namorada te entregou para Natasha, você se lembra de alguma coisa?
- Natasha... - Ele pensa alguns segundos, tentando se lembrar. - Sim, sim me lembro de Gabriela, ela talvez tenha dito algo sobre Natasha, mas não consigo me lembrar direito, foi muito rápido.
- Elas provavelmente te pegaram de surpresa.
- Isso é vergonhoso, eu fui enganado todos esses anos.
- Está tudo bem, nos vamos mata-las, as duas, é quem estiver com elas, temos um plano...
Expliquei tudo o que aconteceu a ele desde que foi enfeitiçado, tirando a parte de eu ter que supostamente "morrer" para podermos vence-la, não me sinto a vontade de compartilhar isso com ele.
- Entendi, mas tem certeza que vai dar certo?
- É o único jeito, precisamos tentar, porque ela virá de qualquer jeito, não importa o que façamos.
- Isso é tudo culpa dos Belikovs, se eles não tivessem trazido essa mulher para cá nada disso teria acontecido...
- Eu sei, pai, mas isso não é hora de culpar ninguém, até porque eu a libertei em primeiro lugar, e não é como se eles pudessem deixar o corpo de Natasha em qualquer lugar, óbvio que eles iriam traze-la.
Ele fica me encarando por alguns segundos e tenho dúvidas se ele realmente prestou atenção em tudi que falei, então diz.
- Você me chamou de pai. - minha bochecha queima um pouco, não percebi que tinha feito. - Isso foi estranho. - Ele olha para o teto. - Mas eu gostei, estive pensando se um dia eu teria algum filho, sempre quis que isso acontecesse, realmente adoraria que sua mãe tivesse me contado sobre você.
Não digo nada estou impossibilitada de falar, apenas me sento ao seu lado, ficamos ali por um tempo.

O quarto de Dimitri estava vazio, agora que meu pai acordou, não quis de jeito nenhum ficar aqui, não insisti, já que foi difícil demais convence-lo a ficar na casa dos
"vampiros", ele realmente odeia todos eles, imagina quando descobrir que vou me tornar um deles, provavelmente me rejeitará, por isso por enquanto é melhor ele não saber de nada para eu poder aproveita pelo menos um pouco o que é ter um pai.
Minha porta é aberta com tanta força me tirando dos meus pensamentos, que por alguns segundos penso que é Natasha, mas vejo uma cabeleira loura chegando mais perto de mim com uma urgência inexplicável em seus olhos.
- Você precisa vir, é urgente. - Sigo Lissa até o corredor de entrada onde vejo todos envolta de algo, não algo uma pessoa, a pequena bruxinha dos cabelos cacheados, acho que seu nome é Hanna, ela está nos braços de Adrian e ele parece bem triste.
- Ela foi envenenada, não consigo fazer nada, está morrendo aos poucos, saiu um pouco depois que libertou o lobo, para buscar algumas coisas para mim, mas ela não voltou a eu fui atrás, Natasha de alguma forma ela descobriu que estamos com vocês, isso foi um sinal, ela está aqui, e já começou a vingança. - Ele enxuga uma lágrima rebelde de seu rosto. - Precisamos nos preparar Rose, o mais rápido possível, vamos começar o ritual. - Ele cerra os dentes.
- Que ritual?. - Meu pai me pergunta.
- Faz parte do plano, não é nada demais. - Digo antes que alguém diga algo, e por sorte ninguém deu continuidade ao assunto.

Estava quase tudo pronto, os onze bruxos estavam lá,  já que Hanna infelizmente não resistiu, mesmo não a conhecendo muito, sinto algum tipo de simpatia por ela, não é como se nunca tivesse convivido com a morte, na verdade convivo com ela desde muito pequena, mas não consigo me acostumar em ver pessoas que eu gosto morrer. Lissa também estava conosco, já que precisaríamos do sangue dela, preferia ficar ligada a Lissa do que aos outros, nada pessoal eu até gostava um pouco do Christian e por incrível que pareça do Nathan também, mas Lissa se tornou como uma amiga para mim.
- Você precisa ficar com o sangue da Lissa no organismo nos próximos dias, até Natasha decidir te matar, não sabemos quando ela virá,  então precisa tomar o sangue dela regularmente.
Em circunstâncias normais não precisaríamos estar aqui fazendo todo esse ritual, só em estar com o sangue dela no organismo seria sulficiente, mas Adrian tinha seus propios planos.
- Por favor querida pode por um pouco do seu sangue aqui? - Ele aponta uma pequena tijela na direção de Lissa.
- Porque Rose ja bebeu, já é o sulficiente por hoje.
- Não, minha doce garota esse não é para Rose é para outra coisa. - Lissa relutantemente cortou um pedaço da sua palma e despejou um pouco e sangue. - Agora você pequena Rose. - Fiz o mesmo que Lissa, isso já estava me cansando, espero que Adrian não faça nada de ruim com tudo isso. Eles falaram algumas palvras em latim, um feitiço um tanto estranho parece ser uma ligação, mas não estou muito familiarizada com esse tipo, será que Adrian está tentando me ligar com algo? Quando me tornar vampira, meu sangue será uma mistura de sangue bruxo com sangue de vampiro, no caso o sangue de Lissa que estou tomando, mas infelizmente não vou poder mais usar magia.
- Rose, você pode por favor transferir um pouco de magia para esse colar? - Ele estava segurando um colar bonito em suas mãos, tinha uma pedra verde, porém  não sei se devo fazer o que ele quer, acho que ele viu isso em meu rosto porque suas próximas palavras foram: - É só um pouco não vou fazer nada de ruim com isso, pode ficar tranquila, na verdade o que quero fazer com esse colar é algo bom um presente para alguém, a pessoa vai ficar muito feliz quando receber. - Adrian é realmente estranho tem planos estranhos, e não gosto de ficar as segas sobre assuntos que envolvem a mim, mas não acho que está mentindo quanto ao colar, então o peguei e transferi um pouquinho da minha magia para ele, mas pareceu que tinha sido muito, algo a sugou para dentro mas não me fez mal, muito pelo contrário eu me senti bem como se uma parte de mim estivesse segura e fosse sobreviver a tudo o que pode acontecer no futuro.

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