capítulo 11

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O dia estava mais calmo que o normal para mim, nenhum sinal de lobo algum na cidade, Nathan não disse uma palavra me provocando, está ocupado com suas novas conquistas, não sei o que essa cidade tem de importante para ele, mas ele não quer sair daqui de jeito nenhum aguentou pacientemente 9 anos a marcer dos lobos, sei que se quisesse podia ir para qualquer lugar do mundo, mas preferiu ficar. Christian me cumprimentou de manhã e me deu uma pequena lista dos objetos que iria precisar, não eram tão difíceis, mas também não tão simples de fazer, avisei para ele que teríamos uma semana para trabalhar nisso depois iria embora, iria atrás dos lobos que sobraram, não sei se volto viva dessa viajem, mas preciso tentar, não tenho mais nada nessa cidade mesmo. Lissa me comprimentou e se despediu de mim antes de eu voltar para minha casa. Não vi Dimitri em lugar algum da casa, talvez ele não quisesse me ver, então não me despedi. Passei o resto do dia trabalhando nos objetos do Christian, e tentando localizar os lobos, mas não estava conseguindo não sabia quem estava vivo e não tinha em mente quem queria encontrar, e o pior não sabia quantos estavam vivos e se estavam todos juntos, tinha uma semana apenas para conseguir descobrir.

Dois dias depois ainda tentava encontrá-los, mas nada, não sei o que posso ligar a eles que me façam os encontrar e saber quem está vivo, decidi ir até o túmulo de minha mãe toda vez que vou até lá me sinto melhor, a presença dela me faz bem, talvez uma ideia apareça.
Estava no cemitério fazia horas e nada, cheguei ao ponto de ficar com tanta raiva que joguei o mapa e tudo longe e gritei ao vento.
- NÃO SEI POR ONDE COMEÇAR PREOCURAR ESSA MALDITA MATILHA, DROGA, DROGA...
- O primeiro passo para achar uma matilha de lobos é usar o sangue de um deles, irá achar todos os lobos vivos dela, mas como obviamente você não tem o sangue de nenhum, pode ser algum objeto que represente eles, ou o sangue de algum familiar que não se tranformou sei lá, alguém ligado a um deles. - A mesma garota que tinha visto na igreja conversando com o padre, estava ao meu lado, hoje seus cabelos duas cores estavam em um coque, e ela estava com um vestidinho rosinha rodado, quando ela sorriu docemente para mim vi que dois de seus dentes eram separados, mas a sensação de desconforto perante o jeito dela me olhar não mudou.
- E porque iria confiar em você?
- Não sei, mas você tem outra ideia? - Sorriu denovo.
- É talvez não. - Disse pensativa. -Porque está me ajudando? - Alguma coisa ela queria com isso.
- Sei o que está fazendo Rose, te acompanho desde que te vi na igreja, sei que ajudou os vampiros a ganhar o poder de volta, expulsou aqueles lobos daqui, foi incrível só quero te ajudar, e você me ajuda é claro.
- E o que vai querer em troca?
- Os lobos tem algo que é meu, e quero recuperar, preciso da sua ajuda, e pelo que vi você precisa da minha. - Ela riu de canto. - Também sou uma bruxa Rose, mas tive que esconder meus poderes por causa deles, você foi meio que uma heroína para mim.
- Olha adorei a história, mas não confio em você, você não passa confiança. - Digo recolhendo as coisas que tinha jogado.
- Irei te mostrar que está errada Rose, primeiro faça o que eu falei ache uma ligação com os lobos, algo que represente a matilha ou sangue de algum parente. - Virei os olhos, mesmo que de certo eu não vou confiar nessa garota, desde que a vi não vi honestidade nem confiança, olho para responde-la, mas ela havia sumido, menos mal.
Voltei para minha casa, uma ligação com a matilha ou um parentesco? Eu infelizmente tenho o parentesco, pior tenho o sangue de um dele, fiz o que ela disse coloquei o mapa no chão do quarto, coloquei um pouco de sangue e então disse
- Locus. - Meu sangue começou a correr pelo mapa, ele se dividiu em seis no mapa seis dele estavam vivos, a seguir o resultado foi melhor do que o esperado nomes apareceram Natalie, Peter, Leonard, Daniel, Victor e Ibrahim.
Eram esses que sobreviveram, Victor não morre de jeito nenhum, não é possível, o bom é que tirarei a vida dele com minhas próprias mãos, irei deixa-lo por último, para ele saber que estou indo.

Mais um dia se passou e eu tinha ficado observando os lobos, eles estavam na Europa, Londres para ser mais exata, minha sorte é que estavam na mesma cidade juntos, que bom Victor e Ibrahim terão o pior fim que se pode ter, a noite para minha surpresa Lissa aparece em casa.
- Não aguento mais eles!! - Ela entrou com tudo. - Nathan está insuportável, Dimitri não sai do quarto e Christian não me dá atenção, acho que se cansou de mim.
- Não Lissa, vai ver só tem outras coisas para fazer...
- Tudo bem, não quero falar deles, vim aqui para fugir deles. - Ela me corta. - E também, porque você é o mais parecido com uma amiga que tenho no momento, não quero voltar para casa e ficar me sentindo sozinha é tudo que faço a minha vida inteira, e você não é diferente só fica nesse apartamento trancada, acho que nunca sai, por isso fica depressiva. - Ela tinha razão os últimos anos não tive tempo para nada nem para me divertir, não curti minha adolescência direito, e depois dos últimos acontecimentos nem tive tempo para comemorar, acho que isso acabou me deixando meio sozinha.
- Lissa quanto tempo faz que não fica louca?
- Não sei acho que a uns duzentos anos. - Ela disse como se esse tempo não fosse grande coisa, mas para um vampiro isso deve ser pouco mesmo.
- Eu tive uma ideia, que tal esquecermos os problemas por hoje, e fazer alguma coisa louca, sem Nathan, Christian, Dimitri, ou qualquer outro? - Disse sorrindo.
- Você é um máximo sabia. - respondeu sorrindo de volta.
Coloquei uma calça preta bem justa uma blusa decotada e uma jaqueta de couro, bem diferente das roupas que uso diariamente, passei um batom vermelho que a muito não passava, até um par de brincos coloquei, levei Lissa até o bar onde trabalhava, hoje era sexta a noite então estaria lotado, eu e Lissa chamamos um pouco de atenção, algumas pessoas a conheciam sabiam de quem ela era irmã, mas não ligamos, só continuamos bebendo, cada vez mais, não sei quantas doses depois ela subiu na mesa e começou a dançar e estravasar eu simplesmente ria de tudo, foi divertido ver ela bêbada, já tinha bebido demais então decidi que era melhor parar, quando foi ficando tarde,  falei para voltarmos não queria Nathan vindo atrás de nós, Lissa foi cantando o caminho todo praticamente. Quando estávamos chegando perto de um beco, quatro homens apareceram, ambos carecas, e vestidos de preto, eram humanos, um deles disse.
- Sabemos quem você é, merece morrer. - Disseram para Lissa, no mesmo instante vieram para cima dela, só sei que segurei um deles e jogue longe, não sei da onde veio tanta força apenas sabia que a tinha, peguei o cara pela gola o colocando de pé e quebrei seu pescoço, Lissa já tinha se livrado de um o outro estava no chão e ela estava segurando o pescoço de outro, o que estava no chão pegou uma seringa com um líquido prateado e injetou na perna de Lissa ela caiu, apenas me vi socando o homem tacando sua cabeça no asfalto, o outro veio me atacar enfiei a mão em seu coração e arranquei.
- LISSA. - Fui até onde estava caída, ela não se mexia, não havia morrido, mas não acordava, o que seria aquele líquido? - Meu Deus, Lissa fala comigo.
- Eu posso ajudar, mas com uma condição. - A não essa garota de novo.

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